22/09/2012 - REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES


Pesquisa da Agência Brasil, divulgada neste final de semana, revela que a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República calculou que, no último ano, a classe média passou de 52% para 53%, correspondendo a um contingente de mais de 104 milhões de cidadãos. Nos últimos anos, calculou também a SAE que 35 milhões de pessoas foram incluídas no segmento populacional referido. A SAE é uma secretaria com status de ministério. Na verdade, pode ser até mais do que um ministério, visto ser órgão de inteligência, que foi criado para encarar grandes questões nacionais, tais como a Amazônia, a seca do Nordeste, a proteção de fronteiras, dentre outras. No estudo da SAE, a classe média compreende pessoas com renda entre R$291,00 e R$1.029,00. Claro que tais pessoas participam de família com renda somadas de 3 a quatro membros, senão tais valores seriam insignificantes. Vai mais além a SAE, projetando para 2022 uma classe média de 57% da população. Ministro titular da SAE, Moreira Franco, referiu-se que a renda de 53% da classe média corresponde a 38% do consumo total. Em suas palavras, o que está ocorrendo: “Em torno de 18 milhões de empregos foram criados na última década, esses empregos formais foram associados a uma política adequada do salário mínimo que deu ganhos reais acima da inflação aos brasileiros”. Por seu turno, o Secretário de Assuntos Estratégicos da SAE, Ricardo Paes de Barros, ingressa em assunto mais polêmico: “Uma das características da classe média é que os grupos que entraram eram os que estavam menos representados. Agora ela (classe média) é muito mais heterogênea do que era há dez anos. As empregadas domésticas, que eram uma fração menor, ampliaram a participação, os negros aumentaram. Quase 80% do aumento na classe média do Brasil referem-se à população negra”.

O estudo “Vozes da Classe Média” da SAE, ora citado, revela que um total de 53% da classe média se compõe de negros e 47% de brancos. Na classe alta, 69% são brancos e 31% são negros. Já na classe baixa, 69% são negros e 31% são brancos.

O objetivo claro da SAE é de que está havendo redução das desigualdades entre classes de renda, não obstante a declaração da cor de sua pele, mas também quando se analisa a cor da pele declarada.

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