13/09/2012 - REDUÇÃO DE CUSTO BRASIL
O governo federal irá renovar as
concessões dos contratos a vencer entre 2015 A 2017, para as hidrelétricas, por
trinta anos, antecipando as indenizações de mais de R$15 bilhões, investindo
também R$3,3 bilhões anuais. Em contrapartida as 64 distribuidoras energéticas
terão que cobrar menos pela energia a ser fornecida, a partir de março de 2013
e cumprir exigências mais rígidas de qualidade. A maioria das empresas
beneficiadas é estatal. Por exemplo, na geração, a Eletrobras detém 67%. As
contas residenciais terão redução média de 16,2%, sendo alteradas por região.
Na indústria, a queda será de 19,2% a 28%, variando conforme o nível de consumo
de cada segmento. No conjunto, a redução média será de 20,2%. A medida
anunciada aconteceu como se fosse palanque eleitoral, visto que não será para
agora, mas que irá beneficiar os candidatos do governo, não há dúvida.
Atualmente, o Brasil se coloca em
25º lugar, no pagamento de energia elétrica, em uma classificação mundial,
feita pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN), cuja amostra
contemplou 28 países. O preço médio da energia consumida pelo setor industrial
brasileiro é de R$329,00 por megawatt horário, atrás da China (R$142,40) e
Canadá (R$107,00). Em face das medidas anunciadas, o cálculo da FIRJAN é de que
megawatt caia para R$264,50. O Brasil subira para 21º lugar na referida
classificação. A tarifa brasileira hoje é de 50% a mais do que a média mundial.
Com a citada redução, passará a ser superior em 23% em relação à média dos
países pesquisados.
Os encargos e os tributos
correspondem a 48,6% da tarifa industrial. Em razão da redução de 19,6% no
custo da energia elétrica para o setor, o País ultrapassaria Chile, México, El
Salvador e Cingapura. A pesquisa em referência mostra onde a energia é mais
barata é no Paraguai, R$84,4 o MWh. A mais cara é a da Itália, R$458,3 o MGh. O
levantamento da FIRJAN considerou apenas o mercado cativo de energia, quando os
consumidores são obrigados a comprar eletricidade das distribuidoras.
Redução do custo de eletricidade implica
diretamente nos consumidores, nos custos industriais, reduzindo a pressão
inflacionária. É uma medida geral de redução do chamado custo Brasil. O que
ocorrerá será a extinção de um tributo existente há quarenta anos, chamado de
Conta de Consumo dos Combustíveis e outro também antigo, a Reserva Global de
Reversão, que deveria ser utilizado para universalizar o consumo de
eletricidade. Por seu turno, a Conta de Desenvolvimento da Energia será
reduzida a 25%.
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