11/09/2012 - CONSUMO DE DROGAS




Levantamento do Instituto Nacional na Pesquisa de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (INPAD) da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) relativo às entrevistas com 4,6 mil pessoas com mais de 14 anos, em 149 municípios do País, apresentou estatísticas impressionantes: o Brasil é campeão mundial no consumo de crack e vice-campeão global de cocaína. Os dados foram colocados em público na semana passada. Do consumo mundial de crack, o Brasil representa 20% dele. Trata-se de uma droga presente em praticamente 5.565 municípios brasileiros, droga que vicia rapidamente, causando imediata dependência e morte em pouco tempo de vida. Conforme o estudo, 4% da população adulta brasileira, 6 milhões de pessoas, já experimentaram cocaína alguma vez na vida. Entre os jovens, de 124 a 18 anos, 44 mil admitiram ter usada as drogas referidas, o equivalente a 3% da sua faixa populacional. Segue-se que, em 2011, 2,6 milhões de adultos e 244 mil adolescentes usaram cocaína. As estatísticas do INPAD revelam que a forma mais comum de absorver a coca é através do cheiro; já o crack é fumando pelo cachimbo. Considerando somente o último ano, 27% revelaram ter usado crack ou cocaína duas vezes. No Sudeste estava concentrado o maior número de usuários das drogas citadas, cerca de 46%; no Nordeste se encontravam 27%; no Norte, 10%; no Centro Oeste, 10%; no Sul, 7%. 

Outro estudo recente do INPAD revelou que 1,5 milhão de pessoas usam diariamente maconha no Brasil. O Índice de dependentes em relação ao total de fumantes é de 37%. Os homens usam três vezes mais maconha do que as mulheres. O mais grave é que o estudo mostra que o número de jovens maconheiros cresceu 40% entre 2006 e 2012, aparecendo mais cedo para aqueles com idade inferior a 18 anos. Entre os 1,5 milhões de usuários de maconha, 500 mil são jovens de até 18 anos, cuja dependência já é de 10% do total da faixa etária.

As estatísticas mundiais de consumo de cocaína e crack mostram os Estados Unidos em primeiro lugar, com 4,1 milhões de usuários. O Brasil vem em segundo, com 2,8 milhões. Depois, somente agrupando por blocos de países se têm números tão expressivos de consumidores. No resto da América do Sul, 2,4 milhões. Na Ásia, 2,3 milhões. Na África Central, 23 milhões. No Reino Unido, 1,1 milhão. Na Espanha, 0,8 milhão. No Oeste Europeu, 06, milhão. No Canadá, 0,5 milhão. Na Oceania, 0,4 milhão.

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