09/09/2012 - INFLAÇÃO DO REAL


 
Dezoito anos se passaram, comemorados em 1º de julho de 2012, quando o Brasil inaugurou o verdadeiro período de estabilidade econômica, indispensável para que um país possa ser desenvolvido.  Retornando na história, depois de 1950, a inflação se tornou o pesadelo governamental, mudando de um digito para dois dígitos, mas, quando chegou próxima de 100% houve o golpe militar de 1964. O regime militar reduziu a inflação para a casa por volta de 20% anuais, porém criou a indexação do sistema, que paulatinamente retroalimentava a inflação, mas não se sonhava nem que ela ultrapassasse de 30%. Entretanto, o choque do petróleo de 1973, elevou o barril para as nuvens e a inflação caminhou para os temíveis 100%. Contudo, em 1979, acontecendo o segundo choque do petróleo, a inflação seguiu em direção a 200%. O País deixou de planejar, começou a fazer pacotes, submeteu-se ao FMI, desorganizando-se todo e ingressando em baixo crescimento econômico, por volta de 2% anuais. É conveniente lembrar que o Brasil foi o pais que mais cresceu no mundo, de 1949 a 1979, planejando de longo prazo a sua economia, cravando a taxa média de 7% ao ano, jamais retomada de forma a repetir-se em dois anos. Na verdade, aconteceu somente no ano de 2010, crescendo da base negativa de – 0,3%, de 2009, quando a economia mundial mergulhou na maior crise depois da Grande Depressão de 1929 e ainda não conseguiu sair-se.
Retornando a 1993, o Brasil registrou a maior taxa de inflação da sua história, por volta de 2.500% em período anualizado. O Plano Real derrubou a inflação em 1994, para 22% naquele ano. Depois a inflação veio caindo anualmente, estando hoje em torno de 5%, ainda o dobro da taxa média de um país desenvolvido. O mérito maior ocorreu a partir de 1999, quando o Brasil passou a usar o sistema de metas da inflação. Isto é, projetando a taxa anual, com viés de 2%, para mais ou para menos dessa taxa. Dessa maneira, a inflação passou a ficar na casa de um dígito, permanecendo até agora. A inflação da moeda Real nestes 18 anos alcançou cumulativamente 306%, enquanto a inflação americana foi, no mesmo período, de 64%; a da França, 38%; a da Alemanha, 35%; a do Japão, - 1%.
Os últimos acontecimentos altistas de preços, mesmo com a queda de 5% na taxa SELIC, de 12,5% para 7,5% anuais, a inflação não recua da casa de 5%. É preciso que o governo não permita renascer a memória inflacionária, visto que a seca nordestina e a seca nos Estados Unidos têm elevado muito os preços agrícolas. A inflação já está em 5,2%, anualizada.

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