05/09/2012 - VIZINHOS DE BOM DESEMPENHO


 
Viajar pela América Latina, é ter a certeza de que boas reformas econômicas levam a um ambiente favorável de negócios em quatro países: Peru, Colômbia, Chile e México.  Do outro lado de maus exemplos para o capitalismo desequilibrado estão Argentina e Venezuela, exercendo grande protecionismo, o desrespeito aos contratos, manipulando inflação e a forte intervenção estatal. O Brasil não está ainda do lado dos quatro acima, mas têm posições superiores a esses dois últimos. Em 2009, todos esses países selecionados sofreram com a crise. No atual novo mergulho na crise, os quatro acima citados estão bem melhor. É de bom alvitre comparar o Brasil com os quatro em referência. Logo, ficará patente que as reformas lá estão dando bons resultados.
No quesito PIB, a variação média de 2011-2012, mostrou Peru, crescendo 6,3%; Chile, 5,4%; Colômbia, 5,1%; México, 3,9%; Brasil, 2,3%. No quesito ambiente de negócios mais favorável, conforme cálculos do Banco Mundial há vários anos, sendo realizado o último levantamento com 183 países. Assim, em 1º lugar está Cingapura; para os países referenciados aqui da América Latina, o Chile ocupou 39º lugar; Peru, 41º; Colômbia, 42º; México, 53º; Brasil, 126º. A classificação do Wall Street Journal e a da Fundação Hermitage, já tradicional, a última levou em conta 179 países, revelando, dessa forma, para eles, em 1º lugar ficou Hong Kong; a Colômbia, 41º; Peru, 42º; Chile, 47º; México, 54º; Brasil, 99º.
A carga tributária brasileira é sufocante, de 36% do PIB; no Chile, 16%; na Colômbia, 15%; no Peru, 15%; no México, 10%. Em decorrência de mais recursos ficarem nas mãos dos poupadores, aqueles países investiram mais do que o Brasil, em 2011. O Peru, 24%; Chile, 23%; Colômbia, 22%; México, 20%; Brasil, 19%. Os vizinhos tem inflação ainda mais baixa, conforme verificado em 2011. Chile, 2%; Colômbia, 3%; México, 3,9%; Peru, 4,5%; Brasil, 5,6%.
Em plano mais amplo, o Peru, de 2006 a 2011, teve a maior média de crescimento das Américas, 7% ao ano, em quarto lugar no mundo, atrás do Catar, da Índia e da China. A sua inflação, de quase 30% na última década, fixou-se atualmente em 4,5%. Na última década tirou 20% da população da pobreza. Depois do atraso em que se encontrava, livrou-se do presidente Alberto Fujimori, que fugiu para o Japão, mas que hoje se encontra preso naquele país, através da dedicação dos presidentes eleitos Alejandro Toledo, Alan Garcia e Ollanta Humala, embora de posições políticas distintas, adotaram amplas reformas, que reduziram o gasto público para crescer no máximo 4% anuais. Criaram um fundo para acumular poupança em bom período, para ser usado nos maus períodos. Com recursos disponíveis, o Peru passou a investir fortemente em 8.000 projetos de infra-estrutura e os resultados estão aí.

 

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