14/09/2012 - CUSTO DO FILHO




O assunto não é novo. Nos anos de 1970, o professor Gary Becker, da Universidade de Chicago, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1992, escreveu o livro “Capital Humano”, no qual ele revela que o gasto no cidadão é um capital, na medida em que ele cresce, vai ficando mais capitalizado. Em resumo, ele transforma tudo em capital. Consta também que ele foi um pioneiro no cálculo de quanto custa um filho. Desde aquela época, ele abriu a polêmica de se poderia ser feito ou não tal cálculo. Os seus críticos dizem que é um equívoco metodológico estimar o inestimável, visto que ter um filho vai muito além do aspecto material. Sem dúvida, entretanto, isto não impede que se faça o citado cálculo.

Em teoria econômica, composta basicamente de microeconomia e macroeconomia, as possibilidades de usar-se a matemática são infinitas. Contudo, quando se aborda as ciências econômicas, conjunto da economia com outras ciências, tem-se aqueles que usam a econometria, na verdade, matemática econômica, assim como aqueles que se utilizam de conceitos como a economia solidária, a economia do meio ambiente, dentre outras ramificações, que se utilizam de conceitos qualitativos.  

O último estudo sobre o assunto foi realizado pelo Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing (INVENT). Trata-se de cálculo até 23 anos, quando se supõe que o filho criado, cursou faculdade e está apto para o mercado de trabalho. Os resultados variam conforme as classes de renda. Para as famílias de menor poder aquisitivo, o custo encontrado é de R$537 mil. Para as famílias de mais alta renda é de R$2 milhões. Colocando como gasto mensal para os de menor perfil de renda, este seria de R$1.945,65. Já para os de maior perfil de renda, seria de R$7.246,38. Tomou-se aqui o número de meses até 23 anos (276) como quociente do gasto encontrado. O cálculo levou em consideração itens como investimento em educação, saúde, vestuário, moradia, lazer, alimentação, dentre outros.

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