28/09/2012 - ECONOMIA E POLÍTICA
Certo candidato à
reeleição do governo americano caia nas pesquisas, de então, porque não tomava
medidas de agrado ao ‘bolso’ dos votantes. Ficou conhecido, então, sugestão
daquela época, não tão distante, para reverter a situação que, também, certo
político falou que suas medidas de aceno teriam que contemplar: “é a economia,
estúpido”, disse ele. No caso brasileiro, aproxima-se de dois anos o mandato da
presidente Dilma, a popularidade da sua administração não parou ainda de
crescer, enquanto a posição pessoal se estabilizou em 77%. Nas regiões mais
longínquas, geralmente, pobres, como região rural de Juazeiro do Norte, no
Ceará, a popularidade dela ultrapassa 80%. A avaliação positiva atingiu novo recorde da
sua gestão, subindo de 59%, do penúltimo levantamento trimestral, para 62%,
neste setembro, patrocinada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI),
feita pelo IBOPE, com não menos de 2.000 pessoas. Em sequência, 29% consideram
a gestão governamental como regular, contra 32% da sondagem anterior. Já 7% a
classificaram como péssima ou ruim, contra 8% do levantamento de junho.
As razões do bom
desempenho da pesquisa foram apontadas pelos entrevistados, pelas medidas
tomadas para estimular a economia, diante da crise mundial. O gerente executivo
da CNI, Renato Fonseca, disse quarta feira (27), que “praticamente é o que deve
estar sustentado a boa avaliação do governo”, a percepção de que o governo está
fazendo ‘alguma coisa’ para não aprofundar de estagnação para recessão
econômica. Segundo ainda ele, tais manifestações são espontâneas por 18% dos
pesquisados. Por seu turno, o anúncio de redução das tarifas de energia de
16,2% para os consumidores residenciais trouxeram bons efeitos. Nessa direção,
acredita a CNI que a avaliação positiva continuará, a não ser que “se a gente
entrar numa crise, e, no momento, parece que está saindo, isso poderia afetar a
popularidade”, falou Fonseca. Claro, a percepção popular é de que o governo
federal não se está omitindo, mesmo com forte aceno, de reduzir tarifas de
energia, somente a partir de março do ano que vem, bem como fracos incentivos
temporários ao consumo e ao crédito. Referida percepção, por simplória, não faz
um exame profundo da economia e de longo prazo. O diagnóstico global do PIB do
mandato de Dilma trouxe um pífio crescimento de 2,7%, em 2011, sendo esperado
resultado muito pior, neste ano, por volta de 1%. Isto é, economia estagnada.
Pior, ainda, por não fazer planejamento global de longo prazo, nem as
prometidas reformas estruturais, o governo não apresenta saídas para crescer
acima de 4% anuais, como são suas declarações reiteradas de declarações, todo
tempo.
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