29/09/2012 - VIDA DAS EMPRESAS


Assim, imitando a trajetória da vida humana são as empresas, sendo que os seres humanos tem mais fôlego, embora menor longevidade. Claro que há empresas centenárias pelo mundo, em maior número do que de pessoas. Mas, não de tantos séculos. No capitalismo elas são iguais a camaleões, mudam de cor, pelas transformações que vão de incorporação, fusão, dissolução, reaparecimento e desaparecimento. O Brasil, país emergente, fica ao meio termo de países ricos e pobres, quando se observa a vida das empresas. Cada vez mais o País, em direção ao topo, sem bem que lentamente. Levantamento anual da revista Você S. A. deste ano de 2012, intitulado “As melhores empresas para você trabalhar”, escolheu 150 firmas no universo de 4,3 milhões, como as melhores do País. A vantagem mais destacada é de que o salário médio encontrado na referidas 150 é de R$3.579,71, excluídos bônus e benefícios. Já nas 4,3 milhões de companhias brasileiras é de R$1.357,99. Uma diferença de mais de R$2.300,00. O contingente de trabalhadores das 150 maiores é de 588.695 pessoas. Já nas 4,3 milhões é de 34,4 milhões, conforme se baseou no estudo “Demografia de Empresas” do IBGE, de 2009. Sem dúvida que os dados não incluem os empreendedores individuais e os trabalhadores informais, dentre outros, visto que a população economicamente ativa corresponde a mais de 80 milhões. Ademais, somente no ano de 2011 foram criadas perto de 1 milhão de novas firmas, bem como se espera para este ano mais de 1 milhão, devido a crescente formalização de pequenos negócios. Acontece que, dados do SEBRAE revelam que mais da metade das empresas criadas morrem até 3 anos. Portanto, não é fácil sobreviver em país que tem uma das maiores cargas tributárias do mundo, aproximadamente 36% do PIB, entre as 12 piores distribuições de renda do globo, que se encontra ente os piores países em ambiente de negócios, em corrupção e em burocracia.
A vida média das empresas brasileiras, percebida pela leitura da citada revista, rol que deve demonstrar as melhores organizadas, é de 9,7 anos. Já para as 150 selecionadas como melhores em ambiente de trabalho, a idade média é de 39 anos, aí incluídas as centenárias Bayer, Gerdau, Siemens, GlaxoSmithKline do Brasil, Basf, CPFL, sem dúvida, estas de maior sobrevida sendo subsidiárias de estrangeiras e estatais.
No topo da direção das 150 melhores, ainda segundo o referido estudo,  estão 37,3% de engenheiros; 23,3% de administradores de empresas; 11,3% de economistas; 9,3% de médicos; 4,7% sem graduação; 4% de advogados; 3,3% de biólogos; 2% de contabilistas; 2% de ciências humanas; 2,8% de outros. A formação de quem tem MBA é de 34%; especialização pós-graduada, 24%; mestrado, 6,7%; outros, que não tiveram relevância estatística acima de 5%, correspondendo a 35,3%.

 

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