16/09/2012 - ORÇAMENTO FAMILIAR
Sempre acompanhando
dois anos, o IBGE divulga Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). Nesta
semana, divulgou o IBGE aquela realizada em 2008-2009, em comparação com aquela
de 2002-2003. Surpreendente é o fato de que o gasto com a educação familiar na
pesquisa do início da década era de 3,3% e na mais recente caiu para 2,5%. A
queda foi de 24%. Está inserido no relatório do IBGE: “A estrutura familiar é
fator determinante para as despesas com educação, visto que a presença dos
filhos faz com o peso relativo dos valores seja, no mínimo, o dobro do das
famílias sem filhos. Entretanto, este grupo de despesa apresentou redução na
participação das despesas em relação à POF 2002-2003 (- 0,8 ponto percentual),
independentemente da composição familiar”. Em conclusão, a maior queda das
despesas com educação foi vista nas famílias com filhos. Quer dizer, as
famílias estão gastando menos com educação, quando o inverso é que deveria
prevalecer. É preocupante recordar os últimos resultados do IDEB. O ensino
médio brasileiro, pelos dados oficiais de 2011, obteve nota 3,7, em escala de
zero a 10.
Mais surpreendente
ainda é que o gasto com imposto alcançou 4,6% na atualidade.
A habitação permaneceu
em 29% dos gastos nas citadas pesquisas. Já os gastos com alimentação passaram
de 16,9% em 2003, para 16,1%, em 2009. Por seu turno, a despesa com a saúde
passou de 5,7% para 5,9%. Quase um terço das famílias brasileiras vivia em
moradias localizadas em ruas não asfaltadas. Conforme o levantamento referido
31,1% das famílias no País estavam nessa situação. Ademais, 31,8% das moradias
estão perto das estradas com grande circulação de veículos, A verba do gasto de
transportes subiu de 15,1%, em 2003, para 16,9%, em 2009.
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