31/01/2012 - FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL


Por várias décadas, todos os anos, na última semana de janeiro se reúne o Fórum Econômico Mundial, na cidade de Davos, na Suíça. Também chamado de clube de 1% dos mais ricos do mundo, participaram do evento 70 bilionários, 1.600 líderes empresariais, 40 chefes de Estado, 2.600 participantes diversos, 105 países representados. O tema escolhido para este ano foi “A Grande Transformação. Desenvolver Novos Modelos”. O fundador dele, Klaus Schwab, ainda seu organizador, declarou que “o capitalismo na sua atual forma, já não encaixa no mundo que nos cerca”. Acrescentou David Rubenstein, do fundo de investimentos Carlyle, um dos maiores do mundo: “Temos agora dois tipos de capitalismo competindo um com o outro. Há o ‘laissez faire’ (liberalismo) e o capitalismo de Estado, que tem criado mais empregos do que o Ocidente”. Arrematou Nouriel Roubini, economista famoso por prever o ‘débacle’ iniciado em 2007, resumindo o enclave: “O que nos conecta ao mundo hoje em dia é a insegurança econômica e financeira, o aumento da desigualdade, os desafios impostos pela pobreza e os efeitos do desemprego na crise”. Quer dizer, por cinco anos os líderes do capitalismo estão sem ver a saída das bolhas financeira e imobiliária que eles mesmos criaram.

As novas previsões do FMI no encontro não foram nada otimistas. O crescimento da economia global para 2012 seria de 3,3%, um recuo DE 0,7% em relação à previsão anterior de novembro. O crescimento médio dos países desenvolvidos seria de 1,2%. O crescimento dos países emergentes seria em média de 5,4%. Diante de tal quadro surgiu o protesto do movimento “Occupy”, que começou em Nova York, em Wall Street e se espalhou pelo mundo. O “Occupy WEF” gritou pela busca de soluções para o enfrentamento da crise internacional.

Poucos representantes foram do Brasil, sendo a maior autoridade o Ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Encarado como país emergente as alusões principais quanto ao Brasil estavam no estudo da Bloomberg New Energy, ressaltando que os biocombustíveis poderão criar 40 milhões de empregos nas oito maiores regiões agrícolas do mundo. A saber, Argentina, Austrália, Brasil, China, Estados Unidos, Índia, México e União Européia. Face ao exposto, os ricos não acreditam na África Subsaariana, de potencial imenso, nem em outras consideradas como muito atrasadas do globo.

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