05/02/2012 - CRESCE ENDIVIDAMENTO


O jornal O Globo desta data traz pesquisa que encomendou a Consultoria Opus. Na última década o crédito se ampliou bastante e é caro. Com isso, endividamento da família brasileira alcançou 40,8%, tornando-se um superendividamento. Basta somente comparar com os Estados Unidos, países da Europa e o Chile, onde se pratica de10% a 12%. O mais preocupante é que a população de baixa renda é a que está mais endividada, visto que tem tido facilidades de ter cadastros, cartões de crédito, crédito consignado. Referidas famílias não tem a acuidade de saber se é caro ou barato o crédito, elas querem é consumir. Outro reflexo no processo de crescimento econômico é que a taxa de poupança se reduziu, quando o desejável seria que ocorresse o contrário.

O principal problema das famílias mais simples é que gastam maior parcela de renda é a falta de educação financeira. Os serviços bancários são oferecidos, sem a correspondente explicação das obrigações que dele decorrem. O Banco Central criou um sistema em que pode verificar até 96% do crédito do País, através do CPF. Em razão disso, os bancos passam a dispor de uma visão mais nítida do perfil do tomador de crédito. Agora o sistema bancário pode muito bem fazer uma análise de risco mais própria.

A inflação calculada pelo IBGE, que é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) envolve uma cesta de aproximadamente 460 itens, revelando que houve uma mudança no perfil do consumo das famílias brasileiras. Com a elevação de 48,7 milhões, mais de 25% dos cidadãos, para a classe média neste século, a população passou a gastar mais com bens de consumo e transportes, em contraposição de alimentos e educação, qual seja o perfil de pelo menos um século antes. Na verdade, o fenômeno percebido é a globalização do consumo. A intensa propaganda e o uso da internet, além do barateamento das passagens aéreas, têm mudado muitos os hábitos e, o mais preocupante, novos hábitos que tem levado a um endividamento preocupante. No caso brasileiro não chega a ser uma bolha de consumo ou de especulação imobiliária. Mas, trata-se de elevação também considerável da inadimplência.

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