28/02/2012 - UNIVERSIDADE DA SINGULARIDADE


Encontra-se instalada no Vale do Silício, nos Estados Unidos, a Universidade da Singularidade. É na mesma região onde estão as sedes das maiores empresas de informática do mundo. Na Astronomia, singularidade representa um lugar no espaço onde um corpo não envelhece. Na Medicina, singularidade representa elevação da expectativa de vida. Até 1500 a esperança de viver era de 30 anos, visto que o homem era dizimado por moléstias infectocontagiosas. Até 1800, a expectativa de vida chegou aos 37 anos. O progresso médico andou a passos lentos até a compreensão da anatomia humana em 1700. Descobriram-se os pequenos organismos e a vacina contra a varíola foi criada. Até 1900, a esperança de vida passou aos 45 anos. A melhoria dos hábitos de higiene, como tomar banhos regulares, lavar as mãos, reduziram as doenças infectocontagiosas, ao tempo em que foram descobertas a anestesia e os equipamentos de raios X. Até 1950, a expectativa de vida alcançou 46,5 anos. Descobriram-se a penicilina, o estudo diferenciado da biologia das células tumorais, a importância do colesterol nas doenças cardíacas, foram descobertos os radicais livres, moléculas que aceleram o envelhecimento do organismo. A partir daquela década houve a aceleração do progresso médico. Até 2012 a esperança de vida está por volta de 80 anos. Descobriram-se mo seqüenciamentos do código genético humano, desenvolvimento de técnicas de cirurgia e terapias minimamente invasivas, proliferaram os remédios para controlar doenças transmissíveis, tumores, doenças cardíacas e as revoluções no uso de células tronco.

Grandes descobertas apontam que o homem viverá muito mais. As projeções são que até 2050 o ser humano viverá até 150 anos. Exagero à parte, ao ponto do cientista respeitado Audrey de Grey ter dito à revista Isto é, datada de 29-02-2012 que “considerando a rapidez das inovações, uma pessoa nascida em 2050 terá 95% de chance de viver mil anos”. Outra colocação que faz sentido para acreditar-se no prolongamento da vida é a do professor venezuelano José Luiz Cordeiro, da Universidade da Singularidade: “Bactérias unicelulares que viviam há milhões de anos não envelheciam. Nossas células germinativas também não envelhecem. Óvulos e espermatozóides vivem indefinidamente quando congelados”. Na Suíça, na Escola Politécnica de Lausanne, já se conseguiu copiar o córtex de um rato que tem 10 mil neurônios. No Rio de Janeiro o pesquisador Stephens Rehen, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, fez neurônios a partir de células tronco. Nos Estados Unidos, estuda-se uma célula resistente a todo tipo de vírus. Há uma máquina na Universidade de Harvard que consegue remontar todo o DNA humano de uma só vez para corrigir falhas. Antes dela só era possível corrigir pequenos caminhos. Na Califórnia, Estados Unidos, três pacientes receberam implantes de vasos sanguíneos artificiais. Na Universidade da Califórnia, cientistas conseguiram controlar a troca de sinais elétricos do ácido ribonucléico, o responsável pela síntese das proteínas nas células. É o início para comandar as reações químicas no interior das células. Outros grupos pesquisam formas de substituir ou reprogramar, por meio de estruturas sintéticas, circuitos metabólicos inteiros. Na França, o processo de envelhecimento de células de um homem de 74 anos foi revertido. Elas voltaram a ser células tronco embrionárias.

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