08/02/2012- TODOS PELA EDUCAÇÃO


O monitoramento do desenvolvimento educacional do Brasil é feito pela ONG Todos pela Educação. Como o próprio nome indica não foi ainda na década passada que se atingiu o objetivo maior, todos na escola, havendo 3,8 milhões de crianças e jovens fora escola, na faixa de 4 a 17 anos. Na década, o crescimento foi de 9,2%, atingindo 91,5%, fora da meta de 93,4 para o período 2001/2010. Nenhum Estado conseguiu chegar à meta de todos estudando nessa faixa. Outra meta importante do programa, que também não foi atingida por nenhuma região do País, era de 80% do aprendizado esperado para crianças até 8 anos. Dessa forma, a média nacional ficou bem aquém, em 53,3%, sendo a média parcial de matemática de 42,8%, bem como a média parcial de leitura alcançou 56,1%. Uma meta geral pelo menos foi atingida, a de fazer com que todo jovem brasileiro tenha concluído o ensino fundamental aos 16 anos. A meta de concluir na última década o ensino médio até os 19 anos também foi alcançada pela Nação. O resultado foi de 63,4%, no ensino fundamental, contra 64,5%, dentro do intervalo de confiança de 62,1 a 64,7%. No ensino médio o resultado alcançado foi de 50,2%, perante uma meta de 46,5%. Diante de tais resultados, conforme atingir os 100% em 2022, conforme previsto, o próprio programa não acredita ser possível. As previsões dele indicam 76,8% para o ensino fundamental e 65,1% para o ensino médio.

A região Norte realizou o maior aumento na freqüência do sistema de ensino, com crescimento de 14,2%, conduzindo o atendimento de 87,8% das crianças e jovens entre 4 a 17 anos. A região Sudeste apresenta o maior número de matriculados, em 92,7%, mas teve a menor taxa de crescimento na década, de 8%.

Referidos resultados mostram uma lentidão muito grande do desenvolvimento educacional. O que é pior, o teste internacional chamado de PISA, feito anualmente pela OCDE, que publicou em 2011 resultados de acompanhamento de 57 países, em qualidade da educação, situou o Brasil em 53º, no exame do aprendizado de matemática, literatura e ciências.

No ano de 2011, o orçamento previa aplicar recursos da ordem de 5%, mas foram aplicados 4%. Para 2012, é de pasmar, o previsto no orçamento é de 2,8%. É bem provável que tal percentual seja aumentando contra os clamores nacionais. Porém, a presidente Dilma, quando em campanha prometeu fazer 600 creches em 4 anos, no entanto em 2011 não inaugurou nenhuma. Sem dúvida, a grande prioridade é continuar pagando os juros da dívida, cuja previsão orçamentária de 2012 compromete 47% do orçamento federal. Além do mais as obras do PAC estão muito atrasadas. Assim, sem ciência, tecnologia e investimentos é muito difícil acreditar que o Brasil cresça mais do que 3%. A União prevê 4,5%. A estimativa de 2011 é de 2,9%. Há até quem preveja crescimento negativo ou zero para 2012, se a recessão mundial atingir com mais força a economia brasileira.

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