20/02/2012 - PLANO NACIONAL


O sistema capitalista é a organização que tem como princípios a iniciativa empresarial, a liberdade individual e a propriedade privada. Portanto, produz para os mercados. Isto é, para quem tem renda para comprar. O sistema socialista nasceu em 1914, na extinta União Soviética, começando uma série de experiências, tendo como bases o dirigismo estatal, a propriedade coletiva e o atendimento as necessidades sociais. O Primeiro Plano Qüinqüenal foi lá lançado em 1928, por Josef Stalin. A expansão da economia soviética levou grande parte dos países a acreditar que existia uma alternativa ao capitalismo. A grande crítica ao capitalismo é de que ele cresce em ondas altas e baixas. É o chamado ciclo econômico. Em expansão é uma só felicidade. Em recessão é uma só tristeza. Quando a expansão é feita a elevadas taxas se tem garantida solução para vários problemas sociais, mas aí se ingressa na fase da descida, visto que houve uma produção desproporcional, isto verificado pela formação de grandes estoques. O capitalismo se ajusta desempregando fatores de produção. A crise se instaura forte, há uma corrida às bolsas de valores para não se ter grande prejuízo. O efeito manada desencadeia uma irracionalidade tamanha, o que em 1929, ficou conhecida como a grande depressão, a partir do país que já era o mais rico do mundo, os Estados Unidos. Nunca houve igual. Em busca de uma saída, o governo americano de Franklin Roosevelt (1882/1945), baseado nas idéias de John Maynard Keynes (1883/1946), que defendia a saída mediante intervenção estatal com gastos públicos na infra-estrutura, como forma de gerar empregos, ampliando o investimento também privado e o consumo. Tal política foi realizada na década de 1930, retirando o capitalismo do seu maior teste. Chamou-se de New Deal (Novo Ideal), em 1932. Na Alemanha, Adolf Hitler (1889/1945) esboçou um plano de dominar o mundo, com seus aliados da Espanha e Portugal. Houve então a segunda guerra mundial. Em visita ao Brasil de Roosevelt, em 1939, Getúlio Vargas lançou o Plano de Reorganização da Defesa, lançando-se também como país aliado contra a Alemanha. Depois da guerra, o governo de Dutra iria lançar em 1948 o Plano Salte. JK lançou em 1956, o Plano de Metas. Depois, veio o Plano Trienal (1963), PAEG (1965), PED (1967), i PND (1970), II PND (1974), III PND (1979). Assim, de 1949 até 1979 o Brasil foi o país que mais cresceu no mundo. Os choques do petróleo em 1973 e em 1979 fizeram com que se abandonasse o planejamento. Agora as idéias voltaram. No mês passado com o nome de Plano de Negócios. Convém lembrar que foi justamente em 1979 que a China começou a crescer pro volta de 10% ao ano.

As críticas que se fazem ao Plano Nacional são de que a intervenção estatal elege poucos beneficiados, trazendo privilégios econômicos. Porém, o Brasil não consegue retomar o progresso nas taxas que já teve. Enquanto isso, a China saiu dos vinte maiores países desde 1979 e se tornou a segunda maior economia do planeta, havendo projeções de que até 2050 ultrapassará os Estados Unidos. “Negócio da China” era pejorativo. Hoje ela desenvolve tecnologia de ponta e Shangai é avaliada como a cidade que tem a melhor educação do mundo, segundo a OCDE, ao aplicar anualmente o chamado teste PISA.

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