14/02/2012 - PREVISÃO DO PIB


Em outubro de 2011 o Ministério da Fazenda previu que o PIB poderia crescer 5% em 2012. Está previsto para esta semana a divulgação de cortes do orçamento deste ano. Dessa forma, foi divulgado boletim sobre a Economia Brasileira em Perspectiva, em edição especial, no qual o cálculo é refeito para 4,5%.Conforme o relatório o crescimento da economia será pouco menor e haverá forte contenção de gastos. Fala-se que o corte seria igual aos R$50 bilhões do ano passado. Não sem motivo, o próprio Banco Central que edita semanalmente o boletim Focus, o qual ausculta cerca de 100 analistas financeiros nacionais, encontrou-se uma taxa média prevista de 3,3% para a atividade produtiva, bem semelhante à taxa que agora o Ministério da Fazenda está dizendo que a economia brasileira cresceu em 2011, de 3,2%. Este último cálculo será divulgado em março próximo.

Estimativas do Banco Central, divulgadas pelo Ministério da Fazenda no documento indicam que o IPCA deverá fechar o ano em 4,7%. Em 2011, a inflação foi de 6,5%, batendo no teto da meta inflacionária. Também, refere-se a que o governo irá elevar a taxa de investimento de 19,6% para 20,8% do PIB, para consignar a expectativa de 4,5% para o PIB.

No boletim se extrai que “para 2012, o governo federal vai trabalhar para sustentar esse exitoso modelo de crescimento, estimulando investimentos públicos e privados em infra-estrutura e na indústria, aumentando a qualificação profissional”. Lê-se claramente que a União vai retomar as privatizações, tal como fez com os três aeroportos. Tratou-se da primeira experiência do PT em privatização, após resistir nove anos, que em nada difere daquelas feitas pelos governos de FHC. Não há dúvida disso, até porque o investimento público tem tido pouco fôlego. Por outro lado, a determinação de prioridade à Caixa Econômica Federal, para incrementar ainda mais o Programa Minha Casa, Minha Vida. Já está também em cogitação um aporte adicional de recursos para o BNDES, cuja capitalização decorrerá via emissão de títulos públicos. Enfim, a política econômica do governo federal continua basicamente de curto prazo, enquanto o Brasil precisa de planejamento de longo prazo.

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