03/02/2012 - RIQUEZA REVOLUCIONÁRIA


Qual o conceito de riqueza? Adam Smith é considerado o pai da ciência econômica, porque foi capaz de identificar e classificar as leis da economia. Isso nos anos de 1700. Portanto, a primeira lei é a da escassez de recursos. Tão óbvia, mas fundamental. Ele ficou mais conhecido pelo livro publicado em 1776, chamado de “Investigações e Causas da Riqueza das Nações”, ou, simplesmente, a “Riqueza das Nações”. Smith bolou um modelo liberal, ao examinar uma fábrica de alfinetes. Claro, que ‘todo mundo’ sabe que ele morreu desiludido. Mandou até queimar seus manuscritos, em observações sobre a concentração de renda.

O que é riqueza? É o que sobra para alguns, para muitos outros falta. Mas, por que existe o rico e existe o pobre? O conceito de excedente é o que define a apropriação de recursos. Karl Marx, nos anos de 1800, escreveu o famoso livro “O Capital”. No qual expõe que o sistema capitalista tem por parte dos ricos a expropriação do pobre. O capitalista ficaria com parte do dinheiro que deveria ser paga ao trabalhador. Logo, concluiu que o capital é trabalho não pago. O mais inteligente, o mais esperto, o mais forte, em tese, se apropriam mais de bens. No entanto, há aqueles que ganham na loteria, casam com ricos, recebem heranças. O fato é que o sentido de riqueza advém de propriedade, direito constitucional. Na verdade, o ser humano se realiza em ter propriedades, não basta somente ter a posse. A propriedade lhe confere o poder, a riqueza, o capital..

Outro famoso economista, John Maynard Keynes, escreveu um livro chamado de “Teoria Geral, do Emprego, da Renda e da Moeda”. Logo no início da sua leitura ele afirma que a desigual distribuição de renda e a incapacidade da economia atingir o pleno emprego são os dois maiores males do mundo.

Ocorre que as ondas de progresso mudam os conceitos. Alvin Toffler classifica três ondas de riqueza. A primeira onda aconteceu com a civilização agrária há mais de 10.000 anos. A segunda onda de riqueza ocorreu por volta de 1700, pela chamada revolução industrial. A terceira onda de riqueza está ocorrendo desde o século XX, pensar, conhecer, saber e experimentar os frutos do conhecimento. Em suma, vivencia-se hoje com uma riqueza revolucionária. O livro de Alvin Toffler, intitulada “A Riqueza Revolucionária”, pelo qual ele passou doze anos de dedicação ao trabalho. A riqueza de que ele trata não é somente o dinheiro e as coisas, a parte tangível da riqueza, mas da riqueza intangível que é o conhecimento. Mundo da internet, mundo das informações a todo vapor.

Nos anos de 1970, Deng Xiaping disse que “ficar rico é glorioso”. Já no Brasil na mesma época Joãozinho Trinta, o carnavalesco da Beija Flor deixou bem claro que “quem gosta de pobreza é intelectual, pobre gosta é de luxo”. Enfim, a riqueza é o que torna diferentes seres humanos. Não adianta ficar debatendo se os ricos são bons ou maus, melhores ou piores, eles são diferentes mesmo entre si. No Brasil existem 145 mil ricos, conforme divulgou a revista Veja.

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