11/02/2012 - ESTADO E CAPITALISMO


Duas fórmulas gerais se apresentam: Capitalismo de Estado e Estado Capitalista. Capitalismo de Estado, de único partido político, exercido, por exemplos, na China e em Cuba, somente para citar um imenso país e um minúsculo país. Estado Capitalista é o sistema predominante no mundo, em número de países e em poder econômico. Existem vários partidos políticos, que fazem coalizões, para ficarem em somente duas forças: situação e oposição. Destacam-se os Estados Unidos, com mais de 22% do PIB mundial, bem como a União Européia, que gostariam de fundar os “Estados Unidos da Europa”, com aproximadamente 20% do PIB global. No Capitalismo de Estado o controle estatal é determinante da atividade econômica. No Estado Capitalista ele incentiva a atividade econômica.

Agora, o progresso mundial se dá em altos e baixos. Isto é, tecnicamente existem os ciclos econômicos, definindo fases de expansão e fases de recessão intercaladas. No Capitalismo de Estado os países podem “esconder”, “mesclar”, mas as ondas negativas podem desestabilizá-los. No Estado Capitalista as ondas negativas são logo expostas. Entra o Estado, no modo keynesiano de intervir, isto é, o Estado elevando gastos para manter a atividade econômica. Dessa maneira, o Estado Capitalista é o maior conjunto disparadamente de países do que os países dos outros sistemas autoritários.

Ocorre que os países líderes do Estado Capitalista propõem que os países periféricos usem o modelo neoliberal, deixando a tutela estatal a ser feita por eles. O Brasil, embora emergente, ainda é um país periférico. Assim, mantém referido sistema a hegemonia e a riqueza da qual são os maiores detentores do mundo. O grande problema do sistema do Estado Capitalista é a superprodução, porque eles têm que desempregar os fatores de produção, provocando recessão. A intervenção do Estado em longo prazo parece resolver o problema, visto que em muitos casos joga para frente o grande problema. O que aconteceu na atual crise capitalista, a partir de 2008, é que havia bolhas de especulação. O primeiro mergulho aconteceu. A saída encontrada foi novamente o Estado intervir, realizando gastos. Porém, referidos gastos levaram a que muitos países hoje ultrapassam a sua capacidade de pagamento das suas dívidas, que, por sua vez, ultrapassaram em muito o tamanho do PIB anual. Em 2011 o sistema capitalista ingressou em um segundo mergulho, no qual nada para sair. As idéias de John Maynard Keynes parecem que tem efeito limitado. Portanto, é preciso definir novos paradigmas, tais como o aumento da austeridade, conforme faz a Alemanha, bem como a elevação da produtividade, consoante fazem os países asiáticos. A saída do atual embrulho indica que se tem de abandonar as formas capitalistas perdulárias, desnecessárias, especulativas, em favor do bem estar.

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