24/01/2018 - COMBATE À POBREZA E À DESIGUALDADE
O assunto econômico dominante da segunda feira foi a pesquisa
de organização internacional de combate à pobreza e desigualdade, ONG Oxfam,
que divulgou neste início de semana que, mesmo em cenário de crise econômica, o
Brasil ganhou no ano passado 12 novos bilionários. Agora o País tem 43
bilionários. No mundo atual atualmente existem 2.043 bilionários, sendo que
nove entre dez deles são homens. O estudo mostra ainda que o patrimônio somado
dos bilionários brasileiros alcançasse R$549 bilhões no ano passado, revelando
crescimento de 13%, em relação a 2016. O trabalho mostra que cinco bilionários
brasileiros tem patrimônio equivalente a 50% da população nacional. O relatório
se antecipou em um dia a reunião do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na
Suíça.
Para aqueles que pensam não haver maior surpresa mundial,
houve sim. Toda a riqueza gerada no mundo em 2017, 82% ficou com 1% da
população mundial. O levantamento demonstra que o aumento do número de
bilionários em 2017 seria suficiente para acabar sete vezes com a pobreza
extrema do globo, segundo a Oxfam.
Se, por um lado, o ano passado mostrou a retomada do
crescimento econômico nacional, acompanhada de sucessivas altas da bolsa de
valores, por outro, o desemprego continuou elevadíssimo, de 12,7 milhões de
trabalhadores. O número de desempregos abertos ainda recuou em 2017, não
obstante o crescimento da economia. No cenário anual atraído pelos ricos do
mundo todo, dificilmente terão destaques os pobres. No capitalismo prevalecem
as leis de concentração e centralização de capitais. Há 48 anos que nos
referidos encontros se falam em pobreza e desigualdade mundial, mas elas
continuam persistentes.
O homem mais rico do mundo continua sendo Bill Gates, mesmo
dirigindo a Fundação Melinda Gates, fazendo filantropia global, patrimônio de
US$86 bilhões, ele também comanda a MIcrosoft. O segundo é Warren Buffett,
patrimônio de US$75,6 bilhões. Ambos vem no topo da riqueza há décadas. Em
terceiro, Joseph Bezos, fundador da Amazon, patrimônio de US$72,8 bilhões. Em
quarto, Amancio Ortega, fundador do grupo espanhol Zara, patrimônio de 71,3
bilhões. Em quinto, Mark Zuckerberg, fundador do Facebook. O brasileiro mais
rico é Jorge Paulo Lemann, dono da Ambev, patrimônio de US$29,2 bilhões. Mota
na Suíça. O segundo, o banqueiro Joseph Safra, riqueza de US$20,5 bilhões,
judeu, que reside em Nova York. Em terceiro Marcel Telles, também do grupo da
Ambev, com US$14,8 bilhões. Como se vê, os bilionários são aqueles que possuem
patrimônio acima de US$1 bilhão e a distância entre os maiores americanos e
brasileiros é bastante acentuada.
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