07/01/2018 - FAMÍLIAS ENDIVIDADAS CRESCERAM EM PERCENTUAIS EM 2017
Quando boas notícias dão conta de que o investimento voltou a
crescer e que o consumo tem sido o recurso mais utilizado para reativar a
economia, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)
divulgou pesquisa de que o percentual de famílias brasileiras com dívidas
fechou 2017 em 62,2%, acima dos 59% de 2016. Os dados foram registrados na
Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor. Já as famílias inadimplentes
valem dizer, com dívidas ou contas em atraso, ficaram em 25,7% em dezembro,
acima dos 24% de dezembro de 2016. Por seu turno, o percentual de famílias que
declararam não ter condições de pagar as suas contas ou dívidas em atraso ficou
em 9,7%, acima dos 9,1% de dezembro de 2016. A percentagem de famílias que
disseram estar muito endividadas ficou em 14,6%, mesmo resultado de dezembro de
2016.
O que causa espécie é que 76,7% das famílias que possuem
dívidas se utilizam do método mais fácil e mais caro, o cartão de crédito.
Mesmo com os juros básicos da economia tendo caído menos da metade de cerca de
um ano atrás, o cartão de crédito pratica juros acima de 12% ao mês. Essa
principal forma de endividamento das famílias citadas representa que o sufoco
do endividamento quando chega, estrangula e pode levar à falência. Em segundo
lugar, vem os carnês com 17,5% e financiamento de automóveis com 10,9%. Não há
dúvida de que a maioria dos brasileiros precisa de educação financeira.
Cidadãos apertados não estão otimistas com o Brasil. Dizem
que a situação não melhorou que a inflação é elevada e que o que o governo diz,
de bons dados para a economia, não lhes atinge. Somente sentem quando há uma
melhoria grandiosa do cenário, ainda que de curto prazo, tal como aconteceu com
o lançamento do Plano Cruzado. Ou, de longo prazo, tal como aconteceu com o
Plano Real.
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