02/01/2018 - CONSUMO DAS FAMÍLIAS PUXARÁ CRESCIMENTO




Os grandes bancos possuem uma equipe de estudos econômicos encarregada de traçar cenários. O Banco Santander é o primeiro a fazer projeções neste início do exercício. Tradicionalmente, as famílias brasileiras gastam cerca de 90% da sua renda com o consumo. Tal proporção baixou para 80% na forte recessão enfrentada. O Santander acredita que o nível de consumo será retomado, até porque a inflação baixou muito e há espaço para o consumo familiar. Por seu turno, a taxa SELIC já caiu o bastante e os analistas financeiros revelam que neste ano somente cairá em janeiro. A partir de fevereiro ela poderá ficar estável. Em 2017, foram liberados R$44 bilhões das contas inativas do FGTS. As pessoas pagaram dívidas, reduzindo o grau de endividamento e outras foram retomar o consumo encolhido. Já para o final de 2017 o governo liberou R$16 bilhões das contas do PIS/PASEP. Órgãos de pesquisa tais como o Banco Central, a Fundação Getúlio Vargas, as confederações nacionais de empresários e o próprio IBGE constatam que melhoraram a confiança dos consumidores e dos investidores. O governo ainda acena com uma pauta de reformas e de ajuste fiscal.

Para a equipe econômica do Santander o consumo irá expandir 5% neste ano. Calculou até de quanto será em R$124,2 bilhões. Mais do que o dobro do que foi liberado no ano passado. Como consumo representa 66% do PIB, o Santander acredita que é possível um crescimento econômico por volta de 3% em 2018, proporcionado inflação baixa e endividamento menor. Segundo seus cálculos, a proporção de consumir do brasileiro era superior a 22% antes da crise e agora está em torno de 20%.

O bom para a economia era que o investimento puxasse. O consumo tem fôlego curto e não está garantido que ele cresça sem parar.

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