19/07/2017 - GERAÇÃO LÍQUIDA DE EMPREGO




Pelo quarto mês seguido, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) apresentou criação líquida de empregos. Foram contratados 1.181.930 e demitidos 1.172.109 em junho. O saldo do mês foi de 9.821 vagas de emprego formal. O saldo do semestre alcançou 67.358 empregos. É o melhor primeiro semestre desde 2014, quando começou a forte recessão. A agropecuária gerou sozinha 36.827 vagas com carteira assinada em junho. A recuperação é pequena e gradual, quando se vê que em 2014 a criação líquida foi de 588.671 no primeiro semestre. Já no mesmo período de 2015 ocorreram – 345.417 empregos formais e de – 531.765 postos de trabalho em 2016. A questão que se coloca é a da sustentabilidade, que não se pode ainda garantir.

O boletim Focus, desta semana, trouxe novamente estimativas de queda da inflação e dos juros previstos para este ano. Indicadores que apresentam sinais para elevação da produção. A mediana das projeções dos analistas de mercado para a SELIC ao final de 2017 caiu de 8,25% para 8% anuais. É a segunda semana consecutiva de queda. Reiteram ainda que 8% se manteriam até o final de 2018. A taxa SELIC está em 10,25%. Poderá ser reduzida em 1%, na reunião prevista para os dias 25 e 26 de julho, retornando a ter um único dígito desde 2013. Quanto ao PIB, a mediana das estimativas seguiu estável, em 0,34%, para 2017. A projeção de crescimento para 2018 também se manteve em 2%. Quanto à inflação está se esperando 0,17% e não 0,19% da semana anterior. Muito baixa, ainda mais que houve deflação em junho.

Há um grupo de analistas que mais acertam as previsões, chamado de Top 5. Eles acreditam que a SELIC poderá ser ainda menor no final do ano, de 7,75%. Conforme é sabido, se a SELIC ficar abaixo de 8,5% provocará automaticamente uma mudança na remuneração da caderneta de poupança. Esta será corrigida por 70% da SELIC, deixando a tradicional remuneração de 0,5% ao mês, mais TR.

Em resumo, o avião chamado Brasil ainda está na pista, andando devagar.

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