12/07/2017 - PREVISÕES SEMANAIS DE MERCADO
Os economistas consultados pelo Banco Central, cerca de 120
deles, em publicação semanal da revista Focus, perante uma deflação do mês de
junho e uma inflação anual de 3%, nos últimos doze meses, passaram a prever um
corte adicional da referida taxa básica de juros em dezembro, cuja mediana das
estimativas está em 0,25%, que então encerraria 2017 aos 8,25% anuais.
Atualmente, a SELIC está em 10,25%. A sequência poderá ser de corte de 0,75% em
julho; 0,75% em setembro; 0,25% em outubro e 0,25% em dezembro. Ainda assim, a
taxa real de juros ainda se situará como uma das maiores do mundo, no caso da
inflação ficar próxima de 3% anuais.
O boletim Focus também trouxe a estimativa da cotação da
moeda americana no fim de 2017, seguindo em R$3,35. Há um mês estava em R$3,30.
O câmbio médio de 2017 permaneceu em R$3,26, perante R$3,22 um mês antes. Para
2018, a projeção dos economistas do mercado financeiro para o dólar de fim de
ano foi de R$3,40 para R$3,45. Assim, o câmbio se mantém próximo da taxa de
equilíbrio.
Muito embora o Banco Central tenha mantida a projeção de
crescimento de 0,5% do PIB em 2017, os economistas do mercado financeiro
tornaram a reduzir de 0,39% para 0,34%. Para 2018, eles mantêm a estimativa de
2%. Quatro semanas atrás era de 2,30%. Quanto à inflação, pela projeção do
IPCA, caiu de 3,46% para 3,38%. Para 2018, a inflação projetada se situou em
4,25%.
As previsões desta semana provavelmente serão bem diferentes
da próxima. Ontem, depois de bloqueado o plenário do Senado, que tem 81
senadores, foi aprovada a reforma trabalhista, por 50 votos a 26, alterando a
CLT em 100 pontos. Agora irá a sanção presidencial, visto quer o projeto fora
aprovado sem alterações. Foi mais do que o esperado. Ficou comprovado que no
Senado a grande maioria representa interesses do capital e não a força do
presidente Temer, que passa por momento crítico de contestação, o que pode custar-lhe
o impeachment. Assim, vê-se claramente que a questão política está descolada da
questão econômica. O que parece é que os empresários poderão deixar de
repousarem suas poupanças na dívida pública e voltarem a investir, para o
retorno do crescimento econômico.
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