04/07/2017 - ELEVADA INADIMPLÊNCIA
A Serasa-Experian possui a ficha cadastral dos brasileiros
que têm acesso ao crédito de forma legal. A agiotagem sempre existiu, mas é
proibida por lei. Existe a agiotagem legal, que é o cartão de crédito,
praticando taxas acima de 10% ao ano. Das estatísticas da Serasa existem 61 milhões de
inadimplentes, impossibilitados para a retomada de crédito. São 30% dos
brasileiros. Porém, existem cerca de 10 milhões de analfabetos e 30 milhões de
menores de 18 anos. Logo, aproximam-se de 40% os cidadãos que tomariam
empréstimos do conjunto daqueles que poderiam obter crédito. Já, relativo à
população economicamente ativa, segundo a Serasa, há 60% de tomadores
inadimplentes. Na relação de inadimplentes estão aqueles que não pagaram financiamentos,
conta de água, de luz, de telefone, cartão de crédito e de outros débitos. Em
média, cada devedor inadimplente está em R$4 mil de atrasos. Os credores são um
banco e mais três empresas. Somados os atrasos são R$275 bilhões. Trata-se de
recorde, nas estatísticas do órgão citado, iniciadas em 2012. Entre abril e
maio mais de 900 mil pessoas ingressaram no referido cadastro, apesar da
liberação prevista de R$40 bilhões do FGTS de contas inativas até 2015. Os
calotes subiram nas linhas mais caras, como o cheque especial, o rotativo e o
cartão de crédito. Enquanto o desemprego estiver alto e crescente a
inadimplência estará elevada. A Serasa acredita que os calotes diminuirão no
segundo semestre.
Um subconjunto de devedores em atraso com a receita federal
são os microempreendedores individuais (MEIs), no total aproximado de R$2
bilhões. Atualmente o País possui mais de sete milhões de MEIs. A formalização
delas foi oferecida como grande vantagem, para obter CNPJ e poder emitir notas
fiscais, pagando em média uma mensalidade de R$50,00. Contudo, a situação de
dificuldades por que passam os fizeram suspender pagamentos até da receita
federal. Os valores em atraso poderão ser parcelados em até 60 vezes e a menor
parcela não poderá ser inferior a R$50,00. Fica surreal. Se o cidadão não pôde
pagar a mensalidade como agora pagará duas (a parcelada e a vencível)? Claro,
os caos s são poucos, mas os MEIs que voltaram a serem empregados precisam
limpar o nome para exercer suas funções e até mesmo retornar ao mercado creditício.
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