11/07/2017 - FI-FGTS CENTRO FINANCEIRO DA LAVA JATO
A operação Lava Jato se iniciou em março de 2014,
investigando um cartel de 29 empreiteiras, que realizaram e realizam obras
públicas, conhecidas como obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC),
criado em 21-01-2007. Para financiar o PAC, era preciso fontes estáveis de
recursos. Assim, em 26-11-2007, foi criado o Fundo de Investimentos do FGTS
(FI-FGTS). A ideia era de que o dinheiro do trabalhador obtivesse remuneração
maior do que o rendimento pago pelo FGTS e ao mesmo tempo colaborasse com a
economia do País. O capital inicial fora de R$21 bilhões. Hoje está em cerca de
R$32 bilhões. O FI-FGTS compra participações em empresas de infraestrutura,
debêntures e certificados relacionados às obras, além de financiar projetos. Um
comitê de investimentos, composto de 12 membros, sendo 6 indicados pela União,
3 por sindicatos patronais, 3 por sindicatos de trabalhadores.
Inicialmente, a Lava Jato identificou políticos ligados ao
PT. Mas, já há algum tempo, chegou-se ao centro financeiro, coordenado pelo
PMDB, liderados por Eduardo Cunha, ex-deputado que está preso e que promete
fazer delação premiada. Também estão presos os ex-ministros Henrique Eduardo
Alves, Geddel Vieira Lima e o doleiro Lúcio Funaro. Ao que tudo indica todos
eles estão interligados com o presidente da República, Michel Temer. Todos eles
do PMDB. Da Lava Jato se derivaram duas operações da Polícia Federal Sepsis e
Cui Buono? Em andamento.
A Lava Jato prossegue com uma gama de corruptos e corruptores
como nunca visto. Já houve mais de 66 condenações. O Imposto de Renda já identificou
800 empresas ligadas à Lava Jato. O STF autorizou 77 inquéritos da “delação do
fim do mundo”, relativos aos dirigentes do grupo Odebrecht. Envolve 8 atuais
ministros, 39 deputados federais e 24 senadores. Os inquéritos se esbarram na
procura de provas. O STF aceitou também a delação premiada do grupo JBS, que
citou quase 1.900 políticos, tendo aberto três processos por corrupção, sendo
um correspondente ao envolvimento do presidente da República.
Enfim, o esquema engenhoso do financiamento da corrupção
sistêmica começou em 2007, no segundo governo Lula e abalou “meio mundo” da
classe política. Aguardam cidadãos brasileiros que os acordos de leniência e os
julgamentos deem um fim na corrupção sistêmica e que o País volte a crescer com
vigor, eliminando grande parte do custo que é a corrupção dela advinda.
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