17/07/2017 - LDO DE 2018 NÃO REFRESCA




A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é votada em julho, antes do recesso, tendo o Congresso a aprovada no dia 13 passado, para servir de base para que o Ministério do Planejamento realize o Orçamento de 2018, que terá prazo até o final de agosto. A inflação realizada em 12 meses foi de 3%, mas a meta é de 4,5%, pela qual os cálculos terão que ser feitos. A taxa básica de juros prevista é de 9% anuais. O incremento previsto do PIB para 2018 é de 2,5%. O que não refresca mesmo é o déficit público, projetado para R$131,3 bilhões, cerca de 1,8% do PIB, perante R$143,1 bilhões. Quer dizer, estão já garantidos cinco anos de déficit primário. Ou seja, o final da era Dilma e a conclusão da era Temer estão ocorrendo com incompetência na condução da base do tripé da economia. Dilma encerrou seu governo de forma pior, estourando o déficit primário em 2014, a meta da inflação de 4,5% para 10,7% em 2015 e o câmbio flutuante em mais 50% do dólar também em 2015. Temer restabeleceu os dois tripés, de meta da inflação e de câmbio flutuante ajustado à paridade próxima a taxa real.

Conforme trimestralmente faz o Fundo Monetário Internacional (FMI), as principais projeções dele são de um incremento do PIB de 1,3% para 2018, contra a previsão do trimestre anterior de 1,7%. Mas, subiu levemente a expansão esperada do PIB deste ano, de 0,2% para 0,3%. As estimativas do FMI são mais pessimistas do que as governo Temer, de PIB de 0,5 em 2017 e de 2,5% em 2018. Também daquelas do mercado financeiro, conforme boletim Focus, de 0,34% para o PIB de 2017 e de 2% em 2018. Para o FMI ainda a reforma da Previdência ficou na berlinda e é uma interrogação. Já a corrupção é um “grande elefante na sala”. Enfim, a situação política é lamentável e, no conjunto, acredita o FMI que o País sairá devagar da recessão.

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