02/07/2017 - ROMBO DE 2,5% DO PIB
O rombo de 2,5% do PIB se refere ao déficit primário dos
últimos 12 meses, correspondentes a R$157,7 bilhões, que persiste em permanecer
alto, desde que retornou no exercício de 2014. O Ministério do Planejamento só acredita
em superávit primário em 2020. O rombo aludido é do setor público, cuja meta,
aprovada pelo Congresso, até o final do ano é de R$143,1 bilhões. Portanto,
terá que economizar o governo ainda mais, pelo menos, R$14,6 bilhões se o ano
fosse fechado como se fosse em maio. A meta do governo central, qual seja para
o Tesouro, Previdência e Banco Central, prevista é de R$139,9 bilhões. Mais
R$3,2 bilhões de déficit estimado para os Estados. A cada mês se tem esse
balanço e ele retrata que a arrecadação ainda não reagiu. Portanto, não
refletindo que a economia saiu da estagnação. O máximo que se pode afirmar é
que saiu da recessão, mas está ainda na subida do poço.
Dessa maneira, o artigo de Vinicius Torres Freire, no caderno
Mercado da Folha de São Paulo, do dia 30 passado, intitula-se “Governo corta
obra e gasta em salário”. Extraiu-se dele: “No investimento foram cortados
R$11,5 bilhões em um Orçamento à míngua desde o início da recessão: caiu 39%
desde maio de 2014, em termos reais (descontada a inflação). Na folha de
pessoal foram 12,1 bilhões a mais, alta de 11,8% neste ano, ante 2016. Esta
despesa aumenta também porque o governo decidiu dar reajustes ao funcionalismo
federal no ano passado. De janeiro a maio, a quantidade de dinheiro gasta em
obras e assemelhados (investimento) caiu 48,4%, em relação aos mesmos cinco
meses do ano passado. Além do desastre em si, um prejuízo para a mísera
retomada do crescimento, vai deixar sequelas na economia. No caso do PAC,
Programa de Aceleração do Crescimento, em tese obras prioritárias, a despesa
caiu ainda mais, 53,4%, em relação ao ano passado”.
Conforme a teoria, o investimento público em infraestrutura
antecede o investimento privado, gerando o efeito multiplicador na economia.
Segundo também a teoria, o investimento privado lhe segue, gerando o efeito
acelerador do sistema econômico. Ora, caindo a inversão publica, só sendo
realizado muito pouco do previsto, pela lógica, recuará também os projetos dos
investimentos privados. Em consequência estagnação ou baixíssimo crescimento.
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