14/07/2017 - PLANO SAFRA 2017-2018
Todo ano, em julho, o governo federal lança o Plano Safra
anual. Desta feita foram colocados R$103 bilhões, para 10 programas produtivos,
dirigidos à grande produção, visto que para a pequena produção existe o
Programa Nacional de Agricultura Familiar (PLANAF). A grande produção
representa hoje 23% do PIB e a produção familiar 10%. A previsão da safra
agrícola de 2017 é de 240,3 milhões de toneladas de grãos, avançando 30,1%,
quando comparada à previsão de 2016, que foi muito baixa. A revisão do órgão se
deve ao fato de que a previsão era de 16% para a safra deste ano.
Houve reduções das taxas de juros em todos os programas de
financiamento da safra. (1) custeio Pronamp caiu de 8,5% para 7,5%; (2) custeio
em geral, de 9,5% para 7,5%; (3) investimento médio produtor, de 8,5% para
7,5%; (4) estocagem para médio produtor, de 8,5% para 7,5%; (5) comercialização
e estocagem, de 9,5% para 7,5%; (6) baixo carbono, de 8,5% para 7,5%; (7)
armazenagem, de 8,5% para 6,5%; (8) inovação, de 8,5% para 6,5%; (9) Moderfrota,
de 8,5% para 7,5%, Para aquisição de tratores, colheitadeiras, pulverizadores,
plantadeiras, semeadoras, dentre outros; (10) Prodecoop, de 9,5% para 8,5%,
desenvolvimento cooperativo de grande porte.
Os produtores ficaram satisfeitos com as reduções das taxas
de juros, visto que eles têm alavancado seus negócios com aumento de
produtividade e maior participação no comércio internacional. Sem dúvida,
historicamente, tem havido subsídio ao grande e médio produtor rural, devido a
sua grande força política. A sua bancada na Câmara é a maior delas, composta de
120 congressistas.
No lançamento, anteontem, o Ministro da Fazenda, reiterou que
a “crise política não afeta a economia”. Henrique Meirelles afirmou que: “Há
naturais questionamentos de que a dita crise política está afetando a economia.
Não há evidência disso. Evidência é o que interessa na economia. Números e
fatos”. Conforme ele, as estatísticas de junho continuam a mostrar crescimento,
como a produção de papel ondulado, que é usado pela indústria para embalar a
produção, saindo o País da maior recessão da história. Disse ainda: “Não é um
crescimento artificial, baseado em uma bolha de crédito, é um crescimento
sustentável”.
Enfim, os sinais levam a crer que a economia está iniciando
novo ciclo de crescimento.
Subsídios para grandes e médios produtores do agronegócio, bancada expressiva no congresso de representação. Brasil, país de grandes diferenças sociais...beneficia quem não precisa.
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