29/09/-2016 - LUGAR RUIM E CAINDO MUITO EM COMPETITIVIDADE




Nos anos de 1970 surgiu o conclave mundial, em Davos, na Suíça, para celebrar anualmente encontro dos grandes capitalistas, banqueiros e cientistas sociais. Cerca de quatro décadas depois, as reuniões de janeiro do citado Fórum Econômico Mundial se tornaram de comissões permanentes, apresentando relatório anual acerca de diferentes problemas que afligem o mundo, tais como competitividade, sustentabilidade, demografia e desenvolvimento econômico. A respeito da competição entre países, em 1998 foi elaborada uma metodologia de estudos sobre competitividade. No Brasil, o Fórum Econômico Mundial fez parceria para seus cálculos com a Fundação Dom Cabral (FDC). Ela, nesta semana, está mostrando seu relatório de 2016, quando destaca que o Brasil caiu seis posições, registrando a marca mais baixa no ranking de competitividade. O Brasil ficou em 81º lugar na atual edição, dentre os 138 países analisados. Conforme a FDC, a queda brasileira na classificação mundial reflete sinais claros da forte recessão econômica, através da queda de produtividade, traduzido em menor sofisticação de negócios e baixo grau de inovação. Segundo relata a FDC: “O Brasil se distancia de forma significativa dos demais países do grupo dos BRICS e do G-20 e perde espaço internacional”. A começar com os aspectos de dificuldades políticas de consenso. A prosseguir com deficiências estruturais e sistêmicas. Iniciada em 2014, presente no sistema regulatório e tributário inadequado, infraestrutura deficiente, fragilizada e incapaz de promover avanços na competitividade doméstica e internacional.

O Brasil piorou em seis dos doze indicadores examinados. A maior levada ocorreu em desenvolvimento do mercado financeiro, saindo de 58º lugar em 2015 para a 93ª posição em 2016. Seguem-lhe a sofisticação dos negócios, de 56º para 63º; inovação, de 84º para 100º; ambiente econômico, de 117º para 126º; prontidão tecnológica, de 54º para 59º; tamanho do mercado, de 7º para 8º. As melhoras se deram em educação superior e treinamento, da 93ª colocação em 2015 para a 84ª posição em 2016; seguido de eficiência do mercado de trabalho, de 122º para 117º; saúde e educação primária, de 103º para 99º; infraestrutura, de 74º para 72º; instituições, de 121º para 121º; no que se refere à eficiência do mercado de bens, o País ficou estável no 128º lugar, a última posição entre os países pesquisados.
Em resumo, para 2016, as estimativas do Fórum Econômico Mundial são das piores já conhecidas, se não a pior. O mundo cresceria positivamente, porém menos de 2,5%, enquanto o FMI projeta mais de 3%, enquanto o Brasil recuaria 4,5%, quando o mercado financeiro nacional, em sua última projeção, constante do Boletim Focus do Banco Central seria de - 3,1%.

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