18/09/2016 - FECHAMENTO MAIOR DO QUE ABERTURA DE EMPRESAS
Pela primeira vez, desde que o IBGE, em 2008, iniciou o
Cadastro Central de Empresas houve o registro líquido de fechamento de 944 mil
empresas em 2014, quando se demonstraram ativas 4,6 milhões. Isto é, em 2013, o
País tinha 5,544 milhões de firmas registradas. Portanto, no primeiro ano de
início da recessão, que se deu no segundo trimestre, a redução alcançou 17%. Um
número pavoroso de quebras. Em 2014, as 4,6 milhões de empresas ativas
empregavam 41,8 milhões de pessoas, das quais 35,2 milhões, equivalentes a
84,2%, eram assalariados, além de 6,6 milhões, ou seja, 15,8% serem sócios ou
proprietários. Os salários pagos em 2014 totalizaram R$939,8 bilhões, perante
um salário médio mensal de R$2,03 mil, equivalente a 2,8 salários mínimos
médios mensais. O levantamento do IBGE se refere ainda a que a idade média das
empresas brasileiras era de 10,6 anos. Os dados estão a demonstrar que há
grande rotatividade de vida empresarial no Brasil. Viver somente 10,6 anos não
se chega nem a emancipação e denota quanto é difícil o ambiente de negócios no
País, já relatado pelo Banco Mundial, que, no início do ano, ao divulgar o seu
indicador doing business colocou o Brasil em 116º lugar entre 189 países
examinados. Classificação que, a cada ano, veio caindo mais. Os motivos para
tal se devem à elevada burocracia, alta corrupção e excesso de leis, as quais
dificultam mais do que facilitam.
A tradição brasileira, herdada de Portugal, é de ter
cartórios para um sem número de registros. Ademais, a máquina pública é pesada.
A prova disso é que o País, historicamente, venha tendo problemas como gastar
mais do que arrecada. Até mesmo quando se retornou em 2014, ao déficit
primário, que se repete há três anos e poderá ser repetir em pelo menos mais um
ano, o que torna o País sem caixa para pagar pelo menos parte dos juros da
dívida pública. Até mesmo a lei necessária para impor um teto nos gastos, paras
não subir mais do que a inflação do ano anterior, há mais de dois meses,
tramitando em caráter de urgência, mediante acordos do governo com
parlamentares, é possível que seja aprovada até o final do exercício, prevista
para 20 anos, possui 22 emendas, sendo de reduções de tais prazos o menor
proposto de 7 anos. A outra lei fundamental para manter ativa a previdência
social, anda não foi remetida ao Congresso, mesmo cogitada há mais de três
meses como urgente, já que o déficit previdenciário é de 90% do atual déficit
primário. Locomove-se o Congresso, lentamente, com 513 deputados federais e 81
senadores, para uma população de 205 milhões. Um custo elevadíssimo,
principalmente com mordomias, além de falta de eficiência histórica. Nos
Estados Unidos, que tem 1,5 vezes mais de cidadãos, do que a população
brasileira, o número de parlamentares é a metade dos nacionais. Também por isso,
eles se mostram muito mais eficientes.
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