16/09/2016 - PROPINOCRACIA E ECONOMIA
Os governos do PT se iniciaram em 2003, buscando maioria no Congresso, através de governo de coalizão, que diferente dos esquemas políticos anteriores, usando a compra de apoio, para ter a maioria de votos no Congresso, em dinheiro, no episódio chamado de “mensalão”. Descoberto, foi desfeito. Porém houve ação penal iniciada em 2005 e finalizada em 2012, envolvendo 40 réus, sendo condenados 25 deles. Lula disse que nada sabia. Antes de ser eleito, ao fazer a carta aos brasileiros em 2002, o ex-presidente Lula, prometeu respeitar contratos e, com maioria política, encaminhou os projetos ao Legislativo, que levaram ao disciplinamento econômico e crescimento médio de 4% anuais. Findaram-se os mensaleiros no primeiro mandato de Lula, mas outras formas surgiram. O projeto político se estendeu para a grande continuidade no poder, de, pelo menos, 20 anos, sendo criado aí o chamado esquema de “petrolão”, do sistema “elétrico”, estendendo-se ao Ministério do Planejamento, Ministério da Fazenda e vários órgãos federais, os quais foram denunciados agora pelo Ministério Público Federal (MPF) de Curitiba de propinocracia. Isto é, uma gestão de contratos onde se generalizou a propina, para políticos dos partidos PT, PP, PMDB, da base aliada. As denúncias foram centradas agora contra o ex-presidente Lula, chamado de “comandante máximo de corrupção, na Petrobras”, pelo MPF.
Correlacionando a propinocracia (sem ainda ser descoberta)
com a economia brasileira vinha bem, na década passada, cuja hegemonia da
presença de Lula, infundiu confiança das forças produtivas. Claro que o legado
econômico de Lula se estendeu na atual década, quando tinham se esgotado o
crescimento, puxado pelo consumo das famílias, pela construção civil e pelo crédito
favorável. A ex-presidente Dilma forçou o modelo do tripé econômico, de
superávit fiscal, câmbio flutuante e meta de inflação, definido por FHC,
seguido por Lula, mas ela o detonou. Ao controlar os preços dos combustíveis e os
de energia elétrica, para baixo da inflação, além dos juros abruptamente
reduzidos, a ex-presidente Dilma, ainda em 2013 se deu conta dos erros que
cometeu, reajustando preços administrados e elevando juros, até 2015, arrombando
a inflação, levando-a para dois dígitos; deixou o câmbio desvalorizar demais, o
que também contribuiu para aumento da inflação; por fim, denunciada pelo TCU por
fazer pedaladas fiscais, isto é, fazer empréstimos camuflados com bancos estatais,
o que é proibido pela LRF, além de decretos de gastos acima do aprovado pelo
Congresso. Ademais, as investigações da operação Lava Jato, em curso, detonaram
as grandes empreiteiras, que paralisaram obras, tendo efeitos em cadeia em toda
a economia, fazendo o PIB ingressar em recessão desde o segundo trimestre de
2014. Ou seja, identificou-se uma propinocracia, criada por Lula, permitida por
Dilma, que tem levado ao maior desastre econômico da história nacional, visto
que os investidores nacionais e estrangeiros recuaram enormemente em seus
investimentos, caindo à taxa de inversões de 20,2% sobre o PIB, para 16,7% do
PIB em 2016.
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