02/09/2016 - ORÇAMENTO ANUAL DE 2017 REVIGORADOR
A proposta orçamentária de 2017 é revigoradora, em relação à
previsão mais rigorosa que tem feito o mercado financeiro, consultado pelo
Banco Central. Anteontem, à noite, quando assumiu Michel Temer a presidência,
ele delegou à equipe econômica que apresentasse ao presidente do Congresso, o
projeto de Orçamento Anual de 2017, mediante as novas linhas de equilíbrio e em
busca de crescimento econômico de 1,6%. Pequeno incremento, é verdade, mas é a
saída de quase três anos de recessão, o pior período da economia na história. A
projeção da taxa inflacionária para o próximo ano é de 4,87%. Acima do centro
da meta de 4,5%. Mas, abaixo do teto de 6%.
A taxa média de juros, a SELIC estimada é de 12,1%. O projeto espera
também taxa de câmbio média anual de R$3,40 para US$1.00. Até aqui, propostas
de melhoras no cenário macroeconômico, em contraposição aos déficits crescentes
que projetou. A previsão do relatório é de déficit primário por volta de 2% do
PIB no ano que vem, em contraste com o 2,7% esperado para 2016. No caso, o
governo está prevendo uma redução de 0,54% dos gastos primários, que deverão
passar de 19,84% do PIB em 2016 para 19,30% do PIB em 2017. Isto é, sem aumento
real, de acordo com o anteprojeto de Emenda Constitucional do teto, em exame no
Congresso.
O Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles explicou que o País
passa por recuperação da confiança, com recuperação dos preços dos ativos, como
as ações em bolsa de valores e valorização dos títulos públicos. Em seguida, virão
à recuperação do crédito, recuperação do consumo, do investimento e do emprego.
De acordo com o modelo neoclássico, espera Meirelles que o País venha a crescer
conforme seu PIB potencial. No campo do crédito internacional vê ele que
continuaram baixas as taxas de risco para os tomadores de empréstimos. A
Agência de risco internacional Moody’s se pronunciou que é preciso avançar
mais, para melhorar a nota brasileira, sem ter retirado ainda a tendência de
queda dela.
A projeção do salário mínimo, a
partir de janeiro de 2017, residirá em R$945,80, um reajuste de 7,48%. Acima da
projeção inflacionária dos analistas financeiros consultados pelo Banco Central
de 7,34% e da própria projeção do Ministério da Fazenda de 6,9% para 2016.
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