27/09/2016 - PEQUENA PARTICIPAÇÃO NO COMÉRCIO MUNDIAL
Criado como economia primária-exportadora, o País se
defrontou com os grandes ciclos do pau-brasil, da cana de açúcar, da mineração,
da borracha e do café. Naquela época para os anos de 1950, a maioria da
população vivia no campo, quando cessaram os referidos ciclos, que eram de
monoculturas, em grandes extensões de terra. Dos anos de 1930 aos de 1960, a
economia foi cada vez mais se tornando urbano/industrial, fechando-se ao
comércio internacional. A economia doméstica era tão grande que, em 1960, o
índice de abertura da economia (exportações mais importações) correspondia a
18% do PIB. Transcorridos 55 anos, referido indicador chegou a 21%, enquanto a
média mundial passou de 18% em 1960, conforme a era da globalização, para 45%,
por país tipificado. Quer dizer, o Brasil tem cerca de um século de país muito
fechado ao relacionamento comercial mundial. Já foi bem pior, depois dos anos
de 1970, devido aos choques do petróleo e à crise do balanço de pagamentos internacional,
em 1991, o menor do citado indicador se obteve: 9%. No final dos anos de 1970,
em 1979, depois da ida de Richard Nixon à China, este país, que era mais
fechado do que o Brasil, irá se abrir, para mais de 50% de relações comerciais,
colocando-se como a segunda maior economia mundial. O que antes era chamado de
“negócio da China”, como um péssimo negócio, transformou-se hoje em o melhor e
tecnologicamente desenvolvido comércio. A China importa basicamente matérias
primas e exporta produtos manufaturados, aproveitando-se, assim, do grande
valor agregado. O grande mérito de Fernando Collor, em 1990, deveu-se ao fim de
monopólios e barreiras, não obstante ano de maior recessão registrada, para a
abertura comercial brasileira. O período de maior ganho aconteceu de 1996 a
2004, quando o índice de abertura saltou de 13% para 24%. Depois, retroagiu e
atingiu nos dias atuais a 18%, em um mundo bastante globalizado. Segundo a
Organização Mundial do Comércio, há do Brasil 194 barreiras às importações
dentre as 340 dos países da América Latina. Possui somente dois acordos
bilaterais, enquanto Chile e Peru os têm às dezenas. Sendo assim, o País tem
ficado para trás, não obstante esteja até 2030 na fase do bônus demográfico,
procurando hoje sair da maior recessão da história. No frigir dos ovos, um País
deste, tendo o 5º território, a 5ª população, o 8º PIB do mundo, é responsável
por apenas 1% das transações econômicas internacionais, sendo por isso,
considerado um “país pequeno”.
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