21/09/2016 - MP 241 INSUFICENTE
A Medida Provisória 241 (MP 241) é aquela pela qual o governo
federal pretende elevar ao teto anual os gastos do governo. A ideia é diminuir
o tamanho do governo, que não tem parado de crescer. Por seu turno, a retomada
da economia ainda não virou realidade, consoante dados de agosto, coletados
pela Fundação Getúlio Vargas, aplicando metodologia do Conference Board dos EUA,
mostram que certos indicadores de agosto recuaram pelo segundo mês consecutivo,
tais como o desemprego, a produção de papel ondulado e o consumo de energia
industrial, embora com estabilidade nas vendas do comércio, escolhidos nos
vetores que levaram a queda. Nada obstante, pelo sétimo mês seguido, as
expectativas dos investidores do mercado financeiro, dos consumidores e dos
empresários do setor de serviços cresceram.
A crítica dos empresários da política econômica do governo de
Dilma se deve principalmente ao aumento do endividamento público, de 50%, em
2013, para 70% do PIB, em meados de 2016, cujo serviço dele leva ao
deslocamento de gastos sociais para privados, improdutivos. Ademais, congelou
parcialmente preços de combustíveis e de energia elétrica. Neste último caso
baixou em 20%. Depois, teve de corrigir em 2015, ocasionando reajustes que
levaram a inflação a 10,7% naquele ano. Em maior desagrado aos capitalistas,
criou 41 empresas estatais. Em resposta, os capitalistas responderam na maior
recessão já vista, em 7% do PIB, por volta de três anos. Aqui, o leitor,
poderia falar que o “determinante” da matriz econômica é o capitalista. Não é
não? Esse infeliz ou feliz? Fique do papel dele.
A MP em referência é
insuficiente, não obstante tenha que dar um basta na gastança. A participação
da despesa federal passou, em 25 anos, de 11% do PIB para 20% do PIB neste ano.
Que quer dizer isto? A imobilidade econômica se elevou. E o Estado gastador
cresce, diminui o desempenho econômico. São necessárias as reformas econômicas
estruturais já referidas aqui várias vezes.
O governo federal ser move, lentamente, porque tem medo. Cabe
astúcia.
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