17/09/2016 - PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA EM CHEQUE
Na última década do século XX, Christovam Buarque, então
governador do Distrito Federal, implantou o Programa Bolsa Escola, o que se
traduziu em bons resultados, fazendo o presidente FHC adotá-lo ao nível
federal. O presidente Lula ampliou o Programa Bolsa Escola, anexando a ele
outros programas sociais, chamando-o de Programa Bolsa Família. O crescimento
foi rápido, ao ponto do governo federal alardear que tinha retirado da miséria
40 milhões de pessoas. Depois de 11 anos do programa (2003-2014) estacionou em
14 milhões de famílias assistidas, por restrições orçamentárias, visto que em
2014 houve déficit primário, depois de 18 anos, passando o governo da
presidente Dilma a fazer a revisão em muitos benefícios, algo que muito pouco
tinha sido feito, descobrindo-se fraudes em profusão, dentro dessa pequena
revisão. Em 2015, início do ajuste fiscal, as revisões de muitos benefícios do
programa começaram a serem revistos. Em maio de 2016, quando a presidente Dilma
foi afastada, os beneficiários se reduziram para 13 milhões de famílias. Desde
maio, o processo em referência se acelerou em mais 916 mil famílias perderam o
direito de receber o pagamento mensal médio de R$186,00. Até o final do ano,
poderão ser 12 milhões de assistidos pelo programa. Seria correto dizer que 2
milhões de famílias ou 14 milhões retornaram à situação de miséria, sendo a
retirada líquida dos governos do PT da miséria 26 milhões de pessoas? Ademais,
desde a maior recessão da história, em quase três anos consecutivos,
desempregou-se cerca de seis milhões de pessoas. Quantas retornaram à situação
de miséria?
Sem dúvida, o Programa Bolsa Família é de grande importância.
Porém, a sua maior crítica é de que as pessoas ficavam “penduradas” no
programa, quando deveriam ser autonomamente colocadas em emprego. A facilidade
de receber dinheiro sem trabalhar, provocou várias distorções. Por exemplo, nas
cidades, empregadas doméstica preferiram não serem registradas para receber
salário e benefício. No campo, em situação de seca ou adversidades, pequenos
agricultores deixaram a produção, para perambular pelas cidades, mediante uso
de benefícios. Tanto na área rural como na área urbana muitos deixaram de
trabalhar. Houve denúncias de prefeitos e funcionários públicos de receberem benefícios.
Uma família no Acre na mesma residência tinha 65 pessoas que recebiam o
benefício. Um técnico responsável pelos cadastros do programa, em um único dia
registrou 2.400 novos beneficiários, sendo 160 vezes mais do que a média.
Enfim, ele precisa de uma verdadeira revisão e torná-lo eficaz. Isto é,
proteger, para autonomizar.
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