01/09/2016 - A SAÍDA DO FUNDO DO POÇO
Ontem, em dia de
notícias relevantes. O Senado afastou
definitivamente a presidente Dilma, segundo presidente da história afastado,
Collor por corrupção e Dilma por crime de responsabilidade, o novo presidente
Michel Temer mudou o discurso, de interino para efetivo, afirmando que vai
endurecer, para a economia brasileira voltar a crescer. Dessa maneira, enviou o
projeto de Orçamento Anual, no último dia de agosto, como de praxe, prevendo
crescimento do PIB de 1,6% em 2017. O Banco Central manteve os juros básicos da
economia em 14,25% ao ano, mas acenando para queda da SELIC no ano vindouro,
indicador de recuperação econômica. Por oportuno, o IBGE divulgou que o PIB do
Brasil caiu 0,6% no segundo trimestre. Aconteceu a sexta retração consecutiva
do segundo mandato da presidente Dilma. A saber: no primeiro trimestre de 2015
de – 1%; no segundo, de – 2,3%; no terceiro, de – 1,5%; no quarto, de – 1,3%;
no primeiro trimestre de 2016 de – 0,4%; no segundo, de – 0,6%. O acumulado dos
18 meses é de – 7,9% de empobrecimento. Como se observa o PIB caiu muito no ano
passado ( - 3,8%); neste ano cairá menos, crendo o mercado financeiro em –
3,2%. Porém, poderá ser ainda menor, dado que falta dois trimestres serem
apurados. Duas boas notícias fazem os analistas financeiros acreditarem que a
economia atingiu o fundo do poço e começará a sair, quais sejam ligeira
recuperação na indústria e nos investimentos, mas não foram ainda suficientes
para compensar o recuo no setor de serviços e tirar a economia do negativo. Além
da expectativa da mudança de governo, houve recomposição de estoques,
substituições de importações e aumento de exportações. Por sua vez, o consumo
das famílias, os serviços e o desemprego aumentam, sendo lenta s recuperação
esperada.
Em resumo, os
investimentos subiram 0,4% do primeiro para o segundo trimestre do ano, após
dez trimestres de retração. É visível a melhora na construção civil, da alta na
importação de máquinas, equipamentos e da maior produção interna de bens de
capital, os quais ajudaram no crescimento de 0,3%, registrado pela indústria,
sendo o melhor desempenho do setor industrial desde o primeiro trimestre de
2014.
O quadro econômico
ainda é feio, dado que os últimos quatro trimestres consecutivos fecharam em
retração de – 3,8%, enquanto grande número de analistas financeiros aguardavam
– 3,6%. Agência internacional de risco, que calcula o PIB de 34 países que
considera relevantes no mundo, o País está em último lugar em crescimento. O
resgate é esperado proximamente neste momento de mudança presidencial.
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