05/09/2016 - PROGRAMA DE REPATRIAÇÃO DE RECURSOS
Atividades ilegais, tais como
corrupção, propinas, caixa dois, negócios a cabo, inversões externas, dentre
outras remessas, fazem de certos brasileiros terem fortunas no exterior. Há
muito se pensa em dar um paradeiro nisso. Agora, pelo consenso entre nações, a
ilegalidade deverá reduzir-se bastante. Assim, acordos entre 103 países
obrigarão os bancos mundiais, a partir do próximo exercício de 2017, a informar
sobre depósitos de estrangeiros. Os presidentes dos bancos no Brasil informaram
à colunista da Folha, Maria Cristina Dias, de que os valores que poderão ser
repatriados ao País somam R$70 bilhões. Houve até um presidente banqueiro que
informou que seriam R$70 bilhões, mais R$70 bilhões de multas e de pagamentos
de imposto de renda. Não sem motivo, já que serviços de informações anteciparam
informes. Se tal valor dobrado for verdade, ele se aproxima bastante do déficit
estimado de R$139 bilhões, para o ano que vem. Há alguns meses que o governo
federal criou o Programa de Repatriação de Recursos, cujo prazo se esgota em 31
de outubro, para retornar os recursos de nacionais no exterior ao País. Tamanha
soma poderá melhorar bastante as finanças públicas e contribuir para
redefinição de déficits primários. O impacto melhorará as contas nacionais. Sem
dúvida, as receitas poderão advir de novas leis, tais como a sobre a
legalização de jogos, sobre doações, sobre heranças.
As pessoas autorizadas a fazer as
declarações e pagamentos são aquelas que não foram condenadas em crimes ou
exercerem função pública. Para estes, o caminho é judicial mundial. Os bens
declaráveis são depósitos bancários, cotas de fundos, ações, imóveis, veículos,
aviões, marcas, patentes, joias, dentre outros.
O cenário está mudando para
melhor, não somente porque o investimento voltou a subir, embora de forma
lenta, a confiança dos consumidores se elevou pela quarta vez, além da agência
internacional de risco Moody’s ter retirado a ameaça de novo rebaixamento de
nota, acreditando que as coisas tendem a melhorar, mas que o governo Temer
continuará com muitas dificuldades.
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