14/09/2016 - REGRESSÃO DO GASTO PÚBLICO
A categoria regressão é da matéria estatística. A categoria
gasto público e de matéria econômica. A regressão toma dados do passado em
série e calcula a sua evolução ou involução. O gabinete da economia brasileira tem
como maior bandeira limitar o gasto público à inflação do ano anterior. Não sem
motivo, em discurso em evento organizado pelo jornal Valor Econômico, o
Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ressaltou que, se aprovado, o teto dos
gastos públicos, pela primeira vez, desde a Constituição de 1988, um governo
termine com despesas menores do que o PIB, quando ele começou. Citado ministro
uso do instrumento da regressão, cuja estimativa mostra que, se o teto referido
estivesse em vigor, desde 2006, os gastos públicos primários, isto é, sem
incluir os juros, em 2016 por volta de 20% do PIB, estariam em 10% dele. Acena,
assim, para atender a exigências dos grandes capitalistas, para reduzir o
tamanho do Estado. Objetiva ampliar investimentos. “Seria outro país. Outra
economia”, disse. Indagado se a proposta dele de 10 anos se você alterada para
7 no Congresso se seria efetiva, afirmou que não tem um número mágico, mas que
tem que ser por um longo período. Perguntado sobre as restrições se seriam
sobre educação e saúde, disse que sim. Ressaltando que “o aumento das despesas
sem limite leva a uma situação de insolvência e um país quebrado não vai prover
educação para ninguém. Não se vai cortar investimentos em educação. Eles serão
mantidos em termos reais, assim como na saúde”. Adiantou ainda o ministro que o
governo vai partir para mais austeridade, sendo contrário aos reajustes do
judiciário, que têm efeitos em cascata para Estados e municípios. Isso
anteontem.
Ontem, ele, mais o presidente da República e o Ministro da
Casa Civil, anunciaram um programa de concessões e privatizações, no valor de
R$35 bilhões, para 2017 e 2018, sendo denominado de Projeto Crescer, um
conjunto de 34 empreendimentos na área de infraestrutura. Contarão com
financiamento do BNDES, mediante repasse de FGTS, de até 80%, sendo a
contrapartida privada de 20%. A reformulação do programa pretende reduzir a
burocracia, não estabelecer taxa interna de retorno mínima e que as licenças de
meio ambiente não demorem com tem acontecido em mais de dois anos. Também eles
comemoraram os 50 anos do FGTS, fonte estável de financiar projetos, além da
reforma da previdência e a reforma trabalhista.
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