03/09/2016 - DO FMI PARA G-20 E INSERÇÃO BRASILEIRA




Estão reunidas na China as vinte maiores economias do mundo (G-20), responsáveis por 85% do PIB mundial. Em documento preparatório para a reunião do G-20, o Fundo Monetário Internacional (FMI) destaca que as exportações brasileiras e a produção industrial têm reagido positivamente à queda do dólar no Brasil, além da melhora dos indicadores de confiança de consumidores e de empresários. No mês de julho, pela primeira vez, desde 2012, o FMI não rebaixou as previsões de crescimento da economia nacional. As expectativas do FMI são sempre conservadoras, em relatórios trimestrais sobre cada país e sobre o mundo em conjunto e por região, checando posições. A propósito, ao examinar os grandes países, constata que Brasil e Rússia continuam em recessão, mas com sinais leves de recuperação. A Índia continua com forte expansão, ultrapassando a China, pela primeira vez em trinta anos, crescendo acima de 7% e a China acima de 6%. Os Estados Unidos devem crescer menos do que se esperava. Isto é, menos de 2%. O Japão e a Zona do Euro crescerão um pouco menos do que os EUA. A previsão para o Reino Unido é de forte desaceleração, pelo fato de estar saindo da União Europeia.

Retornando ao Brasil, mais de 2.000 dirigentes lojistas se reuniram no complexo Iberoestar, em Praia do Forte, na Bahia, para também apreciar relatório da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas sobre perspectivas de avanços no comércio nacional, onde há ainda muita fumaça, visto que não há um indicador firme de recuperação para o setor. O setor de serviços é o maior, a agropecuária teve revés de quebra de safras, recuando no PIB e a indústria leve recuperação. Portanto, ainda não se espera crescimento positivo no terceiro trimestre de 2016. No quarto semestre pode ser que sim, para que o ano feche com recessão bem menor do que a de 2015.

Depois de mandar orçamento ao Congresso, prevendo taxa de incremento do PIB de 1,6% em 2017, Henrique Meirelles, em seminário na China, na referida reunião do G-20, disse ontem que a economia brasileira crescerá 2,5% em 2018, numa projeção de que deverá crescer 4% anuais, depois de 2018, visto que se faria no Brasil as reformas econômicas estruturantes. Na oportunidade, apresentou uma linha de concessões privadas de US$269 bilhões, nas áreas de petróleo, gás, energia, ferrovias, telecomunicações, estradas, saneamento e aeroportos.

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