20/09/2016 - LIXO URBANO EM ENERGIA LIMPA
Problemas de 5.565 municípios brasileiros com o lixo urbano.
Primeiro, que até os grandes municípios, como as capitais, não fazem a coleta
seletiva de lixo. Para aqueles que fazem é preciso seguir um caminho longo e
caro. Assim, a coleta do lixo tem que passar por reciclagem, fazer a disposição
final do resíduo no aterro. Parte fica em decomposição, quando o processo gera
o gás metano; parte para central de tratamento, quando o gás limpo se torna
combustível para a usina. A queima de combustível gera energia, através de
termelétrica, distribuída pela rede elétrica, chegando ao consumidor.
Como exemplo, o grupo Solvi, desde 2011, na Bahia, inaugurou
a Termoverde Salvador, a primeira do Nordeste, a qual tem capacidade de geração
de energia de quase 20 megawatts, transformando diariamente cerca de 2,8 mil
toneladas de lixo em energia elétrica. Referida termelétrica pode suprir o
consumo de energia de 200 mil pessoas no Estado. No dia 16, passado, inaugurou
o citado grupo, em São Paulo, uma termelétrica com capacidade de gerar até 30
megawatts de energia, a partir do aproveitamento do lixo urbano. Trata-se da
Termoverde Caieiras, conforme informou o jornal Correio da Bahia, daquela data.
Com respeito à Bahia, declarou Carlos Bezerra, diretor da citada Termelétrica,
a respeito da geração da energia a partir do biogás: “O potencial do segmento é
enorme. A Bahia tem outros aterros com condições de gerar mais energia limpa e
também estamos começando a olhar a possibilidade de geração de energia a partir
da vinhaça, do álcool e do açúcar, que têm uma forte produção no Nordeste”. Por
que não é disseminada construção de termelétricas? A resposta é bastante óbvia.
Custa caro e tem de ter consumidor cativo. A Termoverde Caieiras de São Paulo
envolveu investimentos da ordem de R$100 milhões, além de precisar de
autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica.
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