26/09/2016 - CICLOS DE BAIXA





Dois ciclos de baixa são bastante esperados, no atual momento de sair da forte recessão: o da inflação e o da taxa básica de juros. O da inflação já começou, desde o início do ano, quando a taxa de juros era de 10,7%, sendo hoje a alta acumulada de 12 meses de 8,78%, esperando o mercado financeiro que encerre o ano por volta de 7%. Ainda distante da meta do Banco Central, de 4,5%. Porém, gerando esperanças de que a alcance ou a um número bem perto dela. Ademais, tem crescido a confiança dos consumidores e dos empresários, além de aumentar a confiança na capacidade do governo de aprovar no Congresso as medidas de controle dos gastos ainda neste ano, para valer no próximo. Os preços dos alimentos deixaram os períodos de seca e de entressafras, não se elevando mais e até se reduzindo em alguns casos. A estabilização da cotação do real, em nível menor do que há meses atrás, barateia produtos importados e encarece produtos exportados. Finalmente, há a recessão em curso, gerando mais desemprego, retração da demanda das famílias e queda nos reajustes salariais. A propósito, o setor de serviços, geralmente o mais resistente, começou a reduzir a correção de preços. Os reajustes salariais neste ano sequer repuseram o INPC, que é o indicador que mede o custo de vida das famílias com até cinco salários mínimos. Sabe-se que cerca da metade das categorias de trabalhadores não tiveram reposição integral.

O último relatório semanal Focus, do Banco Central constatou que a inflação anual para 12 meses, há três meses era de IPCA de 7,34%; a uma semana, de 7,34%; no dia 23, passado, de 7,25%. A projeção do IPCA para 2017 era a três meses de 5,32%; a uma semana de 5,20%; na semana passada de 5,16%. Enquanto a queda estimada pelo mercado financeiro auscultado se reduziu, a três meses, de – 3,16%; há mais de uma semana, de - 3,15%; no dia 23, passado, de – 3,14%.

Lentamente, a inflação cai. O PIB está parando de cair, a cada semana. Dessa maneira, os sinais do mercado financeiro são de que o ciclo que falta de queda, o da taxa básica SELIC, poderá ocorrer ainda neste exercício. As melhorias virão maiores no ano que vem, quando é esperada a retomada do crescimento econômico.

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