30/08/2016 - PROPOSTAS DE POLÍTICA ECONÔMICA
Até agora, as principais propostas do governo, que devem
passar pelo Congresso, são cinco. O teto dos gastos, a previdência social, as
privatizações, reforma trabalhista e papel da Petrobras. O teto dos gastos, já
enviada ao Congresso, limita o crescimento das despesas públicas à inflação do
ano anterior. As dificuldades são as desvinculações dos gastos com saúde e
educação. A previsão é de aprovação no primeiro trimestre de 2017. A proposta
da previdência, ainda em elaboração, poderá fixar idade mínima e reduzir a diferença
entre homens e mulheres na aposentadoria. As dificuldades estão na aprovação de
uma regra de transição. A previsão é de aprovação no último trimestre de 2017.
As propostas de privatizações para concessões de rodovias, aeroportos e venda
de ativos. A previsão de leilões é para o segundo semestre do ano vindouro. As
dificuldades residem nas discussões de preços e regras para atrair inversões. A
reforma trabalhista ainda não tem anteprojeto. Mas, a ideia é de que surjam
novas formas de contrato de trabalho, facilitando as relações entre capital e
trabalho. A proposta da Petrobras já
passou no Senado, restando a avaliação da Câmara, para que ela seja desobrigada
de investir pelo menos 30% de todos os campos do pré-sal. A previsão é de até
dezembro de 2016.
Já há uma visão de que a recuperação da economia vai se
tornando firme. As estimativas da consultoria Tendências são de que 2017 a
economia cresça 1,2% e 2,3% em 2018. A inflação deste ano é projetada por eles
em 7,4%; em 2017, 5%; em 2018, 4,8%; o resultado primário em 2015 foi de – 1,9%
do PIB; de – 2,7% em 2016; em 2017, - 2%; em 2018, - 0,9%.
O governo interino de Michel Temer tem prometido reajustes
salariais para o funcionalismo, que comprometem o ajuste fiscal. Mais de R$100
bilhões de 2016 a 2018. A promessa é de não perder a base política. Porém, é
muito difícil honrar compromissos de forte pressão de caixa.
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