25/08/2016 - INDICADOR ECONÔMICO DE FELICIDADE
A felicidade é um estado de espírito, difícil de medir, sendo
muito peculiar. Dizer que um país como um todo é feliz é uma generalização. Mesmo
assim, a New Economics Foundation começou a publicar em 2006 o Happy Planet
Index, isto é, o Índice de Planeta Feliz. A segunda publicação saiu em 2009. A terceira
edição em 2012. A quarta foi publicada agora em julho. Não é uma forma de medir
a felicidade dos países, isto porque poderia ser entendido como um país rico. Trata-se
de uma forma de medir a eficiência em que um país utiliza os seus recursos
naturais em vida longa e agradável para os seus cidadãos. Portanto seria um
indicador de sustentabilidade da natureza. Cada país é referenciado por quatro
indicadores: bem estar, expectativa de vida, menor desigualdade de resultados e
pegada ecológica de cada cidadão. Em outras palavras são medidos o bem estar
sustentável, onde as pessoas vivem longos períodos felizes, com menores custos
para o meio ambiente e uso eficiente dos recursos. Os indicadores econômicos
geralmente são quantitativos, sem aspectos subjetivos tais como são: PIB, renda
per capita, salário, emprego, moeda, juros, crédito, impostos, riqueza,
pobreza, dentre inúmeros outros. Os da sustentabilidade da natureza têm muito aspectos
subjetivos. Sem dúvida, a referida fundação é um órgão ambientalista.
A edição em referência analisou 140 países. O documento da
citada fundação considera fortemente as questões sobre sustentabilidade. Então
surgem as novidades. Os países ocidentais ricos não estão nas melhores
classificações, devido ao alto grau de poluição, de inúmeras formas de
devastação, de agressão ao meio ambiente e à vida, que levaram eles aos “padrões
de sucesso”. Por seu turno, não obstante os altos índices de corrupção e
violência, vários países da América Latina e da Ásia lideram com elevado nível
de bem estar, expectativa alta de vida e baixos indicadores de impactos
ecológicos. Dessa forma, como surpreendente sem tem a Costa Rica, situada na
América Central, em primeiro lugar pela terceira vez. Para a Fundação citada é
o país mais feliz, sustentável e com o mais alto nível de bem estar do mundo.
Aquele país usa um quarto dos recursos, que são relativamente usados no mundo
ocidental. Assim, 99% do abastecimento de eletricidade do país vêm de fontes
renováveis e seu governo se comprometeu a tornar-se país neutro na emissão de
carbono até 2021, além de investimentos públicos do mais alto grau em programas
sociais, em saúde e educação. O México vem em segundo lugar. A Colômbia em
terceiro. O Brasil foi classificado em 23º. A Dinamarca em 32º. O Reino Unido
em 34º. O Canadá em 85º. Os Estados Unidos em 108º. Sem dúvida, a riqueza das
nações, como já definiu Adam Smith, em muito difere da sustentabilidade da
natureza.
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