01/08/2016 - REFORMA DA PREVIDÊNCIA
O Secretário da Previdência, Marcelo Caetano, calcula que o
déficit previdenciário é de 2% do PIB. Por que se chegou a isto? Primeiro, a
idade média de aposentadoria da mulher brasileira é de 47 anos. A do homem é de
52 anos. Já a expectativa de vida do brasileiro está em 75 anos. Ou seja, cada
vez mais vivendo, o brasileiro ou a brasileira continuarão a onerar bastante o
sistema previdenciário. O déficit continuará crescente, se não for feita a
reforma na área. O anteprojeto que está sendo gestado é de ampliar para 65 anos
a idade mínima para a aposentadoria do homem e de 60 anos para a mulher. Por
que não 65 anos para ambos?
Existem duas formas de previdência: a pública e a privada. O
funcionalismo público se aposenta com proventos integrais. O setor público com
mais de um milhão de aposentados paga mais de aposentadorias do que o setor
privado com cerca de mais de 28 milhões. Dessa forma, pretendem-se unificar os
dois sistemas citados. A unificação será ainda maior, contemplando os
trabalhadores rurais com os trabalhadores urbanos e os militares.
Divulgou também o Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, a
quem está incumbido de discutir a reforma em evidência, que poderá haver um
“pedágio” de 40% a mais no tempo que falta para aposentar como regra de
transição.
Referido secretário informa que se continuar o sistema
previdenciário como está até 2060 ele absorverá 8,5% do PIB. Dessa maneira, o
anteprojeto poderá ser enviado até o final do ano, tendo em vista que os seus
efeitos possam eliminar o déficit previdenciário em quatro ou cinco anos.
As centrais sindicais têm conversado com o Ministro da Casa
Civil e tem colocado resistências quanto à elevação da idade mínima, para
eliminar o déficit previdenciário. Para elas, a União deveria aumentar impostos
sobre os mais ricos, para bancar o citado déficit. Sem dúvida, no Congresso irá
haver uma verdadeira quebra de braços.
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