22/08/2016 - INDÍCIOS DA RECUPERAÇÃO




O Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em entrevista das páginas amarelas da revista Veja, datada de 24 deste afirmou que: “Não há dúvida de que estamos diante de uma recuperação. As evidências mais relevantes encontram-se no setor industrial. A produção está em alta. Os índices de confiança empresarial, que recuavam desde 2011, voltaram a subir de forma mais nítida. Houve melhora também na confiança dos consumidores. Esse quadro leva a crer na retomada da economia. Com o retorno do otimismo, os consumidores voltam a comprar, os empresários passam a produzir mais para repor os estoques e na sequência investem no aumento da capacidade produtiva e na contratação de trabalhadores. Esperamos para 2017 um crescimento de 1,6%. Trata-se de uma melhora substancial em relação ao cenário projetado poucos meses atrás. Falavam até em nova contração da economia”.

Acerca da queda do dólar, referiu-se que a economia doméstica é que está puxando a recuperação. O dólar mais baixo beneficia os investimentos, importações de máquinas, equipamentos e tecnologia, tal como aconteceu no primeiro mandato de Lula. Reconhece que o Brasil tem uma presença bem diminuta nas transações mundiais. Recomenda aos exportadores que se tornem mais competitivos.

O Ministro reitera que é preciso que os gastos sejam limitados e não terem crescimento real. Explica que, de 1997 a 2015, as despesas públicas aumentaram mais de 50%, em termos reais, acima da inflação. Em seguida, a solução do déficit previdenciário é a segunda maior urgência, elevando a idade de aposentadorias, cujo anteprojeto ainda será apresentado neste ano.

Se não houver a correção das finanças públicas o déficit primário de 2017 seria de R$280 bilhões. Com a aplicação do teto o rombo será R$80 bilhões menor e poderá haver aumento de R$45 bilhões na arrecadação. Portanto, no ano que vem o déficit esperado será de R$139 bilhões. O superávit primário deverá voltar em 2019. Quer dizer, ainda em 2018 haverá déficit da espécie.

Por fim, descartou ser candidato à presidente da República em 2018. Isto é, é candidatíssimo e tem apoio das classes empresariais. Porém, o jogo citado ainda está muito longe.

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