12/08/2016 - IPCA TEVE REPIQUE




O IPCA teve repique em julho, por conta dos preços dos alimentos que subiram muito, tais como feijão e leite, levando para 0,52% o índice mensal, ante 0,35% em junho. O consumidor já paga mais de 150% sobre o preço do feijão, enquanto o leite subiu quase 50%, ambos, em 2016. As explicações sobre as altas se devem aos problemas climáticos que afetaram a lavoura de feijão, enquanto o leite está na entressafra. Em uma economia recessiva há quase três anos, pela lógica, os preços deveriam cair. Além do mais, o dólar recuou em sua maior sequência de seis anos, para R$3,13, efeito que deveria em tese, também ter feito de derrubar a inflação, agora, anualizada, em 8,74%. A taxa anual do IPCA de junho era de 8,84%. A tendência de queda se mantém, mas, de modo suave. O mercado financeiro já põe em dúvida se a taxa básica de juros recuará do elevado patamar de 14,25% anuais. A projeção é de que a recessão continue ainda pelos próximos meses e que em 2017 haja pequeno crescimento (1,1%), segundo pesquisa Focus semanal do Banco Central.

Procurando agradar grupos de apoio, Michel Temer continua se contorcionando. Por seu turno, Henrique Meirelles, Ministro da Fazenda, nega derrota e assegura que tem espaço no governo, no dia seguinte a mais um revés da equipe econômica no Congresso, visto que o governo retirou do projeto de renegociação de dívidas dos Estados a condição “inegociável” de reajuste salarial do funcionalismo para os próximos dois anos, bem como a realização de concursos nesse período. Ademais, negou ao Norte/Nordeste, na renegociação das dívidas estaduais, que mais beneficiam o Sul/Sudeste.

Em reunião com banqueiros e grandes empresários, para evitar que o setor privado se afaste do governo, Michel Temer reafirmou seu compromisso para concluir o ajuste fiscal e diz não ser candidato à eleição de 2018.

A notícia de ontem é que a Fundação Getúlio Vargas divulgou ter melhorado o Índice de Clima Econômico, para o Brasil e a América Latina. Agora aqui esteja melhor do que na média regional. Porém o indicador ainda desta abaixo de 100 pontos, marco pelo qual se considera a situação “está tranquilo, está favorável” (hit de música besta, recentemente repetida à exaustão; por isso mesmo, irá desaparecer).

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