15/08/2016 - DEPRESSÃO OU RECESSÃO
A recessão é a ocorrência de forte retração no PIB.
Geralmente, tem acontecido em décadas alternativas no Brasil, em um ano
solteiro. A única vez que aconteceu em dois anos, antes da atualidade, foi no
período da Grande Depressão, no biênio 1930-1931. Em 1930 o PIB foi de – 2%. Em
1931 de – 3%, conforme cálculos do professor Gustavo Franco. Na atualidade ocorreram
duas vezes, 2015, - 3,8%; 2016, - 3,2% (previsão), já que em 2014 ficou em
0,1%, em estagnação. Portanto, o País
está mesmo em depressão, enquanto o mundo está crescendo mais de 3% ao ano, há
vários anos. Isso é que a agravante maior. Neste espaço se tem mostrado os
erros do protagonismo do PT, seja com Lula ou Dilma. Lula surfou na onda do
progresso. Dilma “pagou o pato”. Porém, ambos se desmoralizaram com os esquemas
do mensalão e do petrolão. Parece que a depressão brasileira está chegando ao
fim. Nova onda de progresso poderá advir. E este virá com elevação do
investimento.
A depressão brasileira levou a um déficit primário desde
2014, que estão dados e previstos para quatro anos, em R$440 bilhões. Neste
ano, o governo interino já teve aprovado pelo Congresso R$170,5 bilhões, o
maior valor estimado nestes quatro anos. O quanto corresponde o déficit
previdenciário? Em entrevista à Folha, de hoje, o Secretário da Previdência
Social, Marcelo Caetano, referiu-se a que no ano passado o financiamento da
previdência foi de R$80 bilhões. Para este ano o déficit será de R$150 bilhões.
Quer dizer, do déficit atual o financiamento da previdência será de 88% do
total. Por que essa disparada no déficit da Previdência? Segundo o referido
Caetano, o processo acelerado de envelhecimento da população e a forte recessão
tem elevado o déficit da área. Portanto, é fundamental a reforma
previdenciária, visto que o processo de envelhecimento irá acelerar-se nos
próximos anos. Para ele, a taxa de fecundidade tem caído aquém da reposição.
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