08/08/2016 - COMÉRCIO EXTERIOR É A SOLUÇÃO
Um país dinâmico mantém sua economia bastante aberta nas
relações internacionais. O exemplo mais recente disso é a China que hoje
ostenta o segundo lugar em PIB, visto que abriu sua economia fortemente, desde 1979,
quando os Estados Unidos visitaram formalmente aquele país, reatando laços
comerciais, que se tornaram amplamente crescentes. O Brasil se constituiu em
tradicional exportador de produtos primários e importador de toda a gama de
produtos industrializados, deixando-o de ser completamente a partir dos anos de
1930, mediante a substituição de importações por produção interna, chegando o
seu PIB industrial a um pico de 25% do PIB total em 1985. Porém, a indústria,
principalmente a exportadora, vem perdendo posição no PIB, sendo o setor
somente responsável por 10% do PIB atual. Por seu turno, voltou a ganhar grande
espaço o agronegócio, hoje sendo 22% do PIB, principalmente exportador. O fato
é que o Brasil é um país acanhado na economia internacional, dado que possui o
oitavo PIB mundial, o quinto território, a quinta população, mas somente
responde por 1% das transações mundiais de comércio. Neste ano, o mercado
externo tem aliviado a crise da indústria, cujas exportações passaram a 21% da
pauta de sua produção. Porém, a exportação tem fôlego limitado, visto que a
indústria brasileira continua dependente do mercado interno e pouco competitiva
no exterior. O setor industrial se beneficiou da valorização de 50% do câmbio
em 2015, encareceu as importações, estimulando a sua substituição por produtos
nacionais. Mas, neste exercício, o câmbio já recuperou mais de 20%. Para os
exportadores, o ideal é que o dólar fique entre R$3,00 e R$3,40, estando hoje
em R$3,20. No momento há grande espaço para produzir, visto a sua elevada
capacidade ociosa.
De acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), após ouvir 847 empresários, as principais dificuldades estão em cerca de
vários motivos. O primeiro é o elevado custo de transportes. Faltam estradas,
hidrovias, ferrovias, além do Brasil somente possuir uma saída pelo oceano
Atlântico. O segundo é a condição precária das estradas, havendo grandes perdas
de cargas na condução de transportes. Em terceiro, o excesso de leis, regras,
etapas, papéis, carimbos, esperas, sendo angustiante a burocracia. Em quarto,
tarifas elevadas de portos e aeroportos. Em quinto, preços dos pedágios. A
pesquisa não citou, mas, sem dúvida, a qualidade dos produtos precisa de melhor
desenvolvimento tecnológico, para que a pauta não se restrinja a um número
limitado deles.
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