20/08/2016 - ÚLTIMO A ENTRAR, ÚLTIMO A SAIR




É fato notório que, nos momentos em que houve recessão no Brasil, o desemprego é o ultimo a entrar em crescimento e o último a voltar a reduzir-se. Ou seja, o empregador segura antes de desempregar, mas, quando desemprega, parece não parar, indo além dos instantes iniciais da recuperação. Portanto, acredita-se que somente no início do ano o emprego volte a crescer. O que vale dizer, que há sinais leves de melhora na economia, mas o desemprego continua crescendo. No momento atual a deterioração continua generalizada, em todas as grandes regiões do País, no segundo trimestre, em relação ao mesmo período de 2015. No Norte, passou de 8,5% para 11,2%; no Nordeste, de 10,3% para 13,2%; no Sudeste, de 8,3% para 11,7%; no Sul, de 5,5% para 8%; no Centro Oeste, de 7,4% para 9,7%. No primeiro trimestre de 2016, as taxas foram no Norte de 9,7%; no Nordeste, 11,4%; no Sudeste, 10,5%; no Sul, 7,3%; no Centro Oeste, 9,7%. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE. Em todo o Brasil, a taxa média do desemprego cresceu para 11,3% da população, cerca de 11,6 milhões de pessoas em desemprego aberto. Um crescimento de 4,5%, em relação ao primeiro trimestre deste ano. Considerando uma população de 205 milhões, a população economicamente ativa seria de 102,65 milhões. Ou seja, 50%. A metade da população total. Por seu turno, se os desempregados eram 8,36 milhões em 2015, passaram a 11,6 milhões. Ou seja, em um ano a profunda recessão trouxe 3,24 milhões de cidadãos.

Quando a comparação ocorre com o primeiro trimestre de 2015, a elevação da população desocupada é de 38,7%. A divulgação contempla ainda que o nível de ocupação, isto é, a parcela da população ocupada em relação à idade de trabalhar, ficou em 54,6% para a totalidade do País.

Segundo a teoria econômica, a curva de Philiphs mostra que, quando mais crescimento, menor desemprego e vice-versa. No caso da recessão se saiu do primeiro quadrante e se opera no 4º quadrante.

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