14/08/2016 - TÚNEL EM FORMA DE U
Foi o atual governo de Dilma que colocou o Brasil no pior
túnel recessivo da história. Antônio Delfim Netto em suas apresentações e
artigos tem elogiado a gestão de Dilma no seu primeiro ano, em 2011. O País
cresceu 3,9% depois de ter crescido 7,6% em 2010. Em 2012 cresceu 1,8%; em
2013, cresceu 2,7%; em 2014, estagnou em 0,1%; em 2015, - 3,8%; em 2016, - 3,2%
(previsão). No ano de sua reeleição, o País já estava em recessão desde o
segundo trimestre. Fechou com déficit primário depois de 18 anos de
estabilidade econômica. Daí foram revelados seus grandes erros, tais como
redução abrupta da taxa de juros em 5 pontos, em uma ano e, depois teve que
elevá-la ao atual patamar de 14,25%. Transferiu R$500 bilhões para o BNDES da
dívida pública, para emprestar a grandes empresários, a taxa de juros
subsidiada. No entanto, a economia não reagiu. Pelo contrário, vem caindo desde
então. Não corrigiu os preços de combustíveis ao nível de acompanhar a inflação
e teve de fazê-lo abruptamente em 2015. Em 2013, reduziu a conta de energia
elétrica em 20%, tendo-a de elevar em 50% em 2015. O resultado final foi
déficit primário crescente por pelo menos três anos seguidos. O trágico aí é a
queda da arrecadação. A política fiscal continua travada no Congresso, podendo
ser aprovada, para que o déficit comece a reduzir somente no ano seguinte. Em
seis anos, a sua taxa média anual do PIB tem sido estimada em 0,25%. A
população cresce por volta de 1%. O saldo devedor é muito grande.
Em artigo de hoje do jornal O Globo, a jornalista Miriam
Leitão se refere aos “Há sinais, mas eles são sutis. É preciso usar a lupa e
olhar os números. Juntos, eles revelam uma luz fraca de longe. É a saída do
difícil túnel dessa crise econômica. Estamos vivendo uma grande recessão em
formato de ‘U’, no qual o país cai, estabiliza no fundo e aos poucos começa a
se recuperar. Seria melhor se o movimento do PB desenhasse a letra ‘V’, em que
cai, bate e volta”. Em seguida, relaciona ela as melhoras. A cada semana, a
pesquisa do Banco Central com 120 analistas financeiros, vistas pelas medianas
já está indicando menor taxa de recessão de – 3,2% em 2015 e de 1,1% de
crescimento do PIB em 2017. A confiança do comerciante, que cresceu de 77 para
87 pontos. De vendas no varejo subindo 0,1% no último mês. A alta da produção
industrial em quatro meses seguidos. O dólar caiu 25% desde janeiro. O IBOVESPA
subiu 54% neste ano. A inflação cai devagarzinho. Já a Folha de ontem estampa
que “Governo vê indícios de melhora na arrecadação”. É quase tudo muito lento.
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