30/05/2016 - MEDIDAS E NOTÍCIAS ECONÔMICAS DOS PRIMEIROS DIAS
O governo Temer tem pressa. Não vai poder gestar um plano
econômico como seria o mais desejável. Não há meio termo para ele. Tem no curto
horizonte de 180 dias, até início de novembro, ou, de horizonte longo, de 962
dias. Para marcar na história a virada na economia brasileira. Horas após a sua
posse, dia 12 deste mês, assinou a medida provisória de um programa de
parcerias em investimentos, para desburocratizar o processo de concessões. Veio
o fim de semana, na segunda feira, dia 16, mudou o presidente do BNDES, colocando
a economista Maria Sílvia Bastos Marques, experiente executiva, de onde
pretende usar R$100 bilhões dos cerca de R$500 bilhões, emprestados do Tesouro
e, em caixa do banco, visando abater da dívida pública. No dia 17, indicou o
provável novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, que já foi diretor do
Banco Central e é diretor do Banco Itaú. José Serra tomou posse no Ministério
de Relações Exteriores, dizendo que irá realizar a política externa sem
partidarismo. Isto é, deixando de fazer acordos multilaterais, para realizar
inúmeros acordos comerciais bilaterais. No dia 18, tinha escolhido como líder
da Câmara, André Moura (PSC-SE), do “centrão”, grupo de cerca de 300 deputados,
mais os deputados aliados, somam 350, para ter maioria congressual. No dia 19,
pesquisa da CNI revelou que 82% da população concordam com elevação da idade da
aposentadoria. Projeto de governo que tem probabilidade alta de aprovação. No
dia 20, veio notícia de indicação de Pedro Parente para a Petrobras, executivo
que dirigiu com relativo êxito o apagão de energia elétrica de 2001. No dia 21,
anunciou que o déficit primário encontrado foi de R$170,5 bilhões. No dia 22,
recria a pasta da Cultura. No dia 23, envia a meta do déficit ao Congresso, que
é aprovado na madrugada do dia 24. No mesmo dia 24, sofre o primeiro revés, com
a demissão do Ministro do Planejamento, Romero Jucá, após ter-se sabido que
teria sugerido deter a operação Lava-Jato. Ainda no dia 24, esclareceu-se que o
déficit previdenciário deste ano seria de R$146 bilhões. No dia 25, Temer se
refere a que os gastos públicos não subam além da inflação. É o chamado
orçamento zero. No dia 25, falou-se que os tetos dos gastos federais poderiam
levar até aos oito anos para zerar déficit do Tesouro. No dia 26, revelaram-se
que os índices de confiança do consumidor e o da indústria melhoraram desde
abril. No dia 27, de acordo com o IBGE, haviam 30,9% dos desocupados em abril,
nas seis maiores regiões metropolitanas. No dia 28, o governo está vendo o
prazo da negociação com os Estados se exaurirem e terá que ajudá-los. Mais
recursos a gastar. No dia 29, ontem, novas estatísticas calculadas por
consultorias estão vendo chegar o fundo do poço e já projetam crescimento
econômico substancial a partir de 2017. Porém, ainda não se tem um esboço do
“conjunto da obra”, cujos objetivos são de ter proposta viável de resolver o déficit
público e a retomada da economia.
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